Em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta terça-feira (16), o ator Caio Blat falou sobre como é a dinâmica de convivência com a companheira, a também atriz Luísa Arraes. Os dois são vizinhos e moram "porta com porta", separados por um corredor, em um prédio na Zona Sul do Rio de Janeiro. Para evitar desentendimentos, costumam ter diálogos frequentes para realinhar as expectativas da relação.
— Temos DR todo dia. A gente busca o lugar de cada um, não se fundir num relacionamento. Decidimos ser vizinhos, tenho o meu filho, um relacionamento incrível com a Maria (Ribeiro, ex-esposa de Caio) — contou ele.
Para Caio, a formulação permite que cada um tenha sua liberdade respeitada.
— Tem fase que estamos mais agarrados. Em outras, mais interessados em sair e ver pessoas, se perguntando "qual vai ser?". A gente ajusta o tempo todo de acordo com o momento, encontrando onde cada um tem sua liberdade e seu desejo — resumiu.
Ainda para a publicação, Caio, que recentemente virou notícia por usar uma saia, abriu o jogo sobre masculinidade.
— Muitos homens não se permitem ser afetuosos. Quantas vezes um pai deixa de ser afetuoso com filho porque há esse distanciamento masculino? Às vezes, homens tomam susto quando chego beijando meus amigos. Essa masculinidade é frágil e tóxica para todos. Mais ainda para mulheres, que convivem há anos com a violência. Mas acho que a masculinidade frágil está saindo de moda, está cafona. A pior coisa de que alguém pode ser chamado hoje é de hétero top, virou uma figura antiquada — opinou.
Seu jeito de ser também tem muito a ver com o ambiente em que cresceu, garante o ator.
— Cresci no teatro, a gente sempre teve muita liberdade sexual, convivemos com pessoas transgêneros, bissexuais. Fiz muitos trabalhos nus, meu corpo sempre esteve a favor da arte. Adoro usar saia, brincos que minha cunhada, Alice, faz para mim. Ela também pinta as minhas unhas — concluiu.