Em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo, publicada nesta quinta-feira (28), a atriz Maria Ribeiro relembrou como foi contracenar com seu ex-marido, o ator Caio Blat, na novela Império, atualmente sendo reprisada pela TV Globo. Na época das gravações, eles ainda eram um casal. Os dois são pais do pequeno Bento, de 11 anos.
— É legal rever porque na época a gente era casado, então, aquilo não era tão absurdo. Agora é mais divertido de ver porque Bento tem 11 anos e volta e meia assiste. Caio é um grande ator. Na época, até que foi uma questão gravar. "Será?", pensei. Porque Caio entrou no lugar do Bruno Gagliasso. Me passava pela cabeça, sim: "Como vai ser fazer par?". A gente estava em um momento mais tenso. Hoje, ao olhar, gosto dessa mistura, do personagem cafajeste e tal. É um casal muito real. Hoje talvez chame mais atenção porque estamos separados. Sou outra pessoa e ele também. Mas olho Danielle e Zé Pedro e acho as cenas comoventes. Fico feliz de termos feito juntos. E adoro o produto — disse ela.
Além de Bento, a atriz também é mãe de João, de 18 anos, fruto de seu casamento com o ator Paulo Betti. Dadá Coelho, que é casada com Betti, já ganhou homenagens de Maria, assim como Luisa Arraes, atual namorada de Caio Blat. Na conversa com a coluna, a artista discorreu sobre sua boa relação com as atuais de seus ex-companheiros.
— Sou apaixonada pela Luisa. Faço essa propaganda. Acho que a gente tem que ser Novos Baianos na vida, ir atualizando as relações. Ela é uma supermadrasta, uma mulher incrível. Como não vou amar uma mulher que ama meu filho? As coisas têm um tempo. Caio e eu somos muito felizes como ex-casal. A companheira dele foi um ganho na nossa vida. Inclusive tenho vontade de trabalhar com ela. Somos bem próximas, assim como também sou de Dadá. Tenho essa bandeira na vida. Como sociedade, temos avançado em tantas coisas... Creio que também tenha que ser assim com as relações — afirmou.
Por fim, contou como a pandemia mudou sua maneira de encarar a vida.
— A urgência da vida nunca foi tão latente para mim. Passei a vê-la como um milagre. Nem todo mundo chegou até aqui. Nesse sentido, não posso desperdiçar nenhum dia. Não vou mais ver nenhum filme que eu não ame, vou parar livro no meio, vou ser amiga das pessoas que me importam. A pandemia me deu esse sentido de que não estamos aqui para sempre. Escrevi esses dias numa crônica que estava com a sensação de, no trânsito, estar "ensanduichada" por dois carros funerários. Então, vamos aproveitar a vida, fazer ligações afetuosas, ser gentis. Entrei numa onda de que tudo o que puder fazer no amor, na delicadeza, farei. Não quero deixar de dar nenhum telefonema, mandar uma flor — refletiu.