Na última semana, a atriz Priscila Fantin, de 38 anos, tingiu os cabelos pela primeira vez sem ser para uma personagem. A mudança no visual faz parte também de um processo de autoconhecimento da artista. Em entrevista à revista Marie Claire, publicada nesta sexta-feira (23), Priscila contou como é seu relacionamento com a aparência:
— Diria que foi um processo que começou de uns quatro anos pra cá. Antes eu não me via. Não me olhava no espelho, não tinha vaidade. Comecei como modelo aos 11 e como atriz aos 16. Parece que deixei minha autopercepção nula para poder ser um instrumento completo no trabalho. Como se minhas características pudessem ser alteradas em nome das personagens e não por vontade própria. Era um desapego total — relembra.
A atriz também tem compartilhado em suas redes o processo de remoção de algumas de suas tatuagens.
— Foi preciso entrar num profundo processo de autoconhecimento (que, aliás, nunca termina) e com isso muitas mudanças se fizeram necessárias. Têm coisas que não fazem mais sentido para mim. Isso passa por comportamento, pessoas, escolhas, hábitos e tatuagens — refletiu.
Questionada se a renovada no visual teve impacto na sua autoestima, respondeu:
— Sim! Acho que não tem como não impactar. A gente tem que reconhecer uma nova figura no espelho, né? Eu já me imaginava loira, então ficou bem fácil me adaptar. Em tão pouco tempo de mudança, olho foto de antes e acho estranho. Eu gosto de mudar, apesar de nunca ter pintado o cabelo se não fosse para alguma personagem! Acho que refresca a vida. Vivo mudando os móveis de lugar, por exemplo. Acho que sempre que a gente muda, a gente passa por uma autoavaliação inerente à mudança, em qualquer setor ou aspecto que seja. E isso nos fortalece — afirmou.
Por fim, contou que já fez um procedimento estético nos braços, e a experiência abriu sua cabeça para pensar em novas intervenções - não sem antes estudar a respeito.
— Eu tinha uma questão com meus braços, porque tenho ombros largos e seios fartos, então os braços me incomodavam desde sempre. Até nas épocas mais magrinhas eles continuavam maiores do que a proporção geral. Então eu fiz um procedimento de lipo-laser, que é superprático, rápido, com anestesia local (porque morro de medo de anestesia) e feito na clínica mesmo! Eu amei o resultado e a praticidade do processo. Isso abriu minha cabeça para pensar em fazer em outras áreas, o que nunca me permiti fazer. Mas tudo que faço leva tempo de maturação, para que nada seja fora da percepção real. Estudo a necessidade, o impacto, os sentimentos, os riscos, o resultado… só depois vem a decisão — concluiu.