Em entrevista à colunista Fábia Oliveira, do jornal O Dia, publicada neste domingo (22), a ex-BBB e influenciadora digital Rafa Kalimann falou sobre os assédios que já sofreu ao longo da vida. Na conversa, a artista frisa que "o difícil é encontrar alguma mulher que não tenha passado por uma situação como essas".
— De uma forma geral, (são) cantadas nas redes sociais, cantadas nas ruas, olhares constrangedores e abordagens vulgares — disse ela.
Em seguida, lembrou de um episódio específico, quando tinha 14 anos e recém havia se mudado para São Paulo em função do trabalho, em que se sentia constrangida no ônibus por homens que gostavam de "passar mais apertado".
— Eu tinha que trabalhar e estudar para viver em São Paulo. Então, me tornei muito vulnerável e madura bem cedo. Lembro de pegar ônibus para ir à escola ou aos castings. Sentava perto do trocador porque ali era onde me sentia segura dos olhares dos homens, daquele homem que gostava de passar mais apertado, sabe? De forma proposital? Aquilo me constrangia. Não entendia direito o que era aquele sentimento dentro de mim, mas aquilo me deixava mal e tive que buscar me blindar e me proteger. Eu estava completamente sozinha, em São Paulo, e tinha que fazer do meu jeito — contou.
Ainda à publicação, Rafa falou sobre o vídeo publicado em seu TikTok que gerou polêmica nas redes sociais. Na gravação, a ex-BBB dublava uma declaração da promotora de eventos Mariana Ferrer, que acusa o empresário André de Camargo Aranha de a ter estuprado no tradicional clube da capital catarinense Cafe de La Musique em dezembro de 2018. Após a repercussão, Rafa usou seu perfil do Twitter para pedir desculpas e explicar que "a intenção era outra".
— Fui muito infeliz porque não olhei para um outro lado da interpretação daquele vídeo. Estava há uns dois, três dias falando muito sobre o assunto nas redes sociais e tinha até feito um texto. Quando vi aquele vídeo, enxerguei de uma forma de protesto. Não enxerguei o vídeo de forma diferente. Depois que postei, as pessoas começaram a falar e aí parei e respeitei tudo o que estavam falando. Olhei de novo o vídeo e percebi. Não era a minha intenção o que as pessoas estavam vendo e por isso apaguei o vídeo. Me deixou muito chateada. Sei que muitas mulheres ficaram chateadas com o vídeo. Eu peço até perdão. Serviu como lição para que eu analise melhor e veja mais a fundo todas as alternativas de interpretações do que eu vá postar. Agi no calor da emoção — refletiu.