A atriz Taís Araujo é uma das embaixadoras da campanha de combate à violência contra as mulheres lançada pela TV Globo e pelo canal GNT em parceria com a ONU Mulheres. Em participação no programa Papo de Segunda, do canal por assinatura, nesta segunda-feira (28), a artista relembrou os diferentes tipo de violência pelos quais as mulheres podem ser submetidas além da física - moral, patrimonial, sexual e psicológica - e refletiu sobre o sentimento de ciúmes.
— Ciúmes é um monte de coisa, menos prova de amor. É prova de insegurança, chatice, sentimento de posse. — disse ela. — Ciúme é natural, né? Eu sou uma pessoa ciumenta. Os sentimentos são legítimos, mas o que você faz com eles... Tem que ter medida. Você sentir ciúmes do seu companheiro ou companheira é natural. Mas partir para a violência não é natural, é o que não se pode permitir.
Em seguida, Taís contou que, ao ler o texto da campanha, relembrou um episódio de violência psicológica que viveu com um ex-namorado.
— As pessoas entendem violência só como a violência física, né? Uma vez eu escutei um grito que eu... — começou a atriz. — Nunca escutei meu pai gritar. Minha família não é violenta, isso não acontece (com eles). Meu pai e minha mãe são separados há mais de 30 anos, e estão passando a pandemia juntos. Nunca vi meu pai gritar com a minha mãe.
Questionada pelo apresentador Fábio Porchat, ela relatou como foi o episódio, que envolveu gritos:
— Uma vez, um cara gritou comigo. Cara, eu mandei um e-mail para ele, era meu namorado. Falei: "Olha só, eu nunca tinha escutado um grito de homem. Eu nunca escutei meu pai gritar comigo, nunca escutei meu pai gritar com a minha mãe. Escutei de você e não gostei, e isso não vai se repetir". Eu era bem novinha — contou. — Esse texto (da campanha) foi o que me deu o gatilho. Quando eu li, meu olho encheu de água, de falar: "Passei por isso". Quando vi, meu coração disparou. Falei: "Olha o quanto isso mexeu comigo" —finalizou.
Por fim, contou que o então namorado pediu desculpas e nunca mais agiu daquela forma com ela.
