Após a repercussão de suas recentes declarações críticas ao que chamou de "politicamente correto", a apresentadora Gloria Maria usou seu perfil do Instagram para abordar novamente o assunto na noite desta terça-feira (29). A fala de Gloria dividiu opiniões nas redes sociais desde o início da semana.
No post, Gloria relembrou um trecho do desfile da escola de samba Mangueira no Carnaval do Rio de Janeiro em 1988, do qual participou. O tema daquele ano era 100 Anos de Liberdade: Realidade Ou Ilusão?.
"Orgulho da minha vida. Da minha história! Nunca serei politicamente correta! Acho um saco! Sou livre. Rebelde! Ninguém vai me dizer como tenho que viver!", escreveu.
Confira a postagem:
As declarações de Gloria ocorreram em um bate-papo com Joyce Pascowitch, do portal Glamurama. Na transmissão, Joyce questionou como Gloria encara as discussões sobre assédio moral e sexual, que estão cada vez mais no centro do debate:
— Eu acho tudo isso um saco. Hoje tudo é racismo, preconceito, assédio. Até hoje, tenho meus câmeras, meus técnicos, que estão comigo há 40 anos, e todos me chamam de "neguinha". Nunca me ofendi, nunca me senti discriminada. Eles me chamam de uma maneira amorosa e carinhosa. É claro que se falassem "ô, nega", é outra coisa — respondeu.
A seguir, a jornalista continuou sua reflexão sobre como encara as diferenças entre uma paquera e um assédio:
— Está chato. Estou mais de 40 anos na televisão, já fui paquerada muitas vezes, mas nunca me senti assediada moralmente. O assédio moral é algo claro, que não tem dubiedade. Não tem como você interpretar. O assédio te fere, é grosseiro, incomoda, desmoraliza. Agora, a paquera, pelo amor de Deus. Estou cansada desse negócio. Os homens estão com medo de paquerar. Eu quero ser paquerada ainda, estou viva! — ponderou. — Existe uma cultura hoje que nada pode. Nós, mulheres, sabemos bem a diferença entre uma paquera e um assédio, um abuso sexual. Tem que ter uma diferenciação, não dá para generalizar tudo. O politicamente correto é um porre. Eu não sou politicamente correta e não vou ser, não adianta. Acredito que o politicamente correto é o caráter, a honestidade, é a sua capacidade de olhar para o outro. Esse mundo que a gente está vem muito da amargura das pessoas, não aceito. Nessa, eu não entro não.