Defensora dos direitos das mulheres, a cantora Lady Gaga, 33 anos, criticou nas redes sociais a lei que proíbe o aborto no estado do Alabama, até em casos de estupro ou incesto.
– É um ultraje banir o aborto no estado do Alabama e ainda mais hediondo por excluir aquelas que foram estupradas ou sofreram incesto, consensual ou não – publicou Gaga em seu perfil no Twitter.
A cantora questionou ainda a proposta de haver "uma penalidade maior para os médicos que realizam essas operações do que para a maioria dos estupradores".
– Isso é uma farsa e eu rezo por todas essas mulheres e jovens que sofrem nas mãos deste sistema.
Além da Gaga, celebridades como as cantoras Rihanna e Pink também se manifestaram.
A governadora do Alabama, Kay Ivey, sancionou a lei na quarta-feira (15). Com ela, o aborto passa a ser permitido apenas no caso de risco de saúde da mãe e do feto, ou caso ele apresente alguma anomalia. Os médicos que fizerem essas operações estado podem ser presos por até 99 anos.
"Esta legislação é um poderoso testamento das firmes crenças da população do Alabama de que cada vida é preciosa e um presente sagrado de Deus", disse Ivey em um comunicado divulgado após a assinatura da lei.
Logo após, a maior organização de defesa dos direitos humanos dos Estados Unidos, a ACLU, prometeu acionar a justiça para bloquear a adoção da lei, que tem por objetivo declarado levar a discussão à Suprema Corte americana.