A cantora e atriz Lady Gaga voltou a falar sobre #MeToo – movimento anti-assédio iniciado por mulheres do cinema americano. Em entrevista ao Hollywood Reporter, Gaga lembrou que a prática era comum na indústria da música também e diz que havia uma "panelinha masculina" nos estúdios de gravação.
– Quando eu comecei no mundo da música, quando tinha cerca de 19 anos, [assédio] era a regra, não a exceção. Que você entrasse em um estúdio de gravação e fosse assediada. Eu gostaria de ter falado mais cedo. E você sabe, havia uma "panelinha dos homens". Ninguém quer perder seu poder, então eles não protegem você, porque se eles disserem alguma coisa, isso tira um pouco do poder deles – afirmou.
Gaga já falou publicamente sobre o estupro que sofreu aos 19 anos. Ela ainda era Stefani Germanotta quando foi abusada por um produtor musical. Ela não disse a ninguém na época.
A canção Til it Happens to You, que Gaga escreveu com Diane Warren para o documentário sobre abuso sexual The Hunting Ground, foi indicada ao Oscar. Na premiação de 2016, ela subiu ao palco para cantá-la, com outras vítimas. Desde então, engajou-se ao movimento #MeToo, que surgiu um tempo depois.
Gaga está na capa da Hollywood Reporter ao lado de estrelas como Glenn Close, Kathryn Hahn, Nicole Kidman, Regina King e Rachel Weisz.
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