Foi uma série de coincidências e, de repente, eu já não sabia se era ficção ou se estava dentro de uma distopia - lugar, em princípio, irreal, onde se vive como em um pesadelo eterno. Começou com a leitura de A Morte da Terra, de J.H. Rosny Ainé, escritor francês considerado um dos precursores da ficção científica. Pois no distante 1910 o Rosny (desculpe a intimidade, a gente sempre fica próximo dos autores que admira) criou um futuro sem água, a Terra transformada em um imenso deserto. Rios, lagos, mares e, claro, os animais e as plantas, existindo apenas nas lembranças dos sobreviventes de um planeta chacoalhado por terremotos. Mas um jovem, e sempre tem um jovem que não se entrega, teimou em achar que a Terra poderia voltar a ser fértil. Fico por aqui para não dar spoiler, o livro está nas livrarias para quem quiser saber se a esperança venceu o pessimismo do Rosny.
Antiutopia
Distopia todo dia
Só resta torcer para que o elenco saia vivo no final
Claudia Tajes