Depilação para sempre: cansada de remover pelinhos todo mês no salão? Tire suas dúvidas sobre tratamentos definitivos Brasil, o segundo no ranking das cirurgias plásticas
A bichectomia é, atualmente, uma das cirurgias mais pedidas nos consultórios médicos. O procedimento vem se popularizando há alguns anos, após famosas como Megan Fox, Angelina Jolie, Victoria Beckham e Jennifer Aniston aparecerem em fotos e eventos com os rostos mais afinados.
Tem esse nome por retirar as chamadas "bolas de bichat", bolsas de gordura presentes nas bochechas. O objetivo é afinar o rosto ao diminuir as bochechas, provocando uma melhor definição dos contornos das maçãs do rosto e da mandíbula, como explica o cirurgião plástico Flávio Borges Fortes.
É para mim?
A cirurgia é indicada para mulheres com o rosto mais arredondado e que buscam afiná-lo por questões estéticas ou que sofrem por causarem machucados na mucosa ao morderem a parte interna da bochecha. Também pode ser uma escolha de pacientes com o rosto fino que procuram uma harmonização da face.
Apesar de não ter uma indicação de idade, o procedimento não é recomendado nem para quem ainda está em em fase de desenvolvimento, nem para mulheres que já apresentam flacidez e formação de rugas na área da mandíbula.
– A paciente que tem uma pele mais madura precisa passar por procedimentos adicionais além da bichectomia, como preenchimento das rugas que já estão formadas e lifting facial com fios, para obter um resultado satisfatório – explica o cirurgião bucomaxilofacial Rafael Evaristo.
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Outro resultado da bichectomia é a prevenção da flacidez, pois as bochechas "caem" com o passar dos anos pelo peso da bola gordurosa. Com a cirurgia, o tecido se reacomoda, juntando músculo e pele, prevenindo essa queda.
Como funciona?
O procedimento é ambulatorial, com internação de 6 a 8 horas e anestesia local. O cirurgião faz uma incisão dentro da boca, retirando parte da gordura presente na região e finaliza com pontos na mucosa da bochecha.
Segundo os profissionais, os riscos existem como em qualquer cirurgia, mas são pouco prováveis. Sangramentos e algumas lesões transitórias nos ramos nervosos podem ocorrer, mas são raros.
A recuperação total ocorre em até 15 dias, quando é possível voltar a fazer exercícios. Nas primeiras 72 horas, os cuidados são maiores, com analgésicos e compressas geladas na região, além da indicação de uma alimentação líquida-pastosa. Falar e mastigar nem pensar: uma fita compressiva elástica é usada após a operação para segurar o tecido muscular.
Nesses dias, o inchaço é bastante grande e pode incomodar.
– As pessoas tendem a inchar muito, por isso recomendamos fazer uma drenagem facial 48 horas depois da cirurgia – explica Rafael Evaristo. – É preciso drenar até mesmo para conseguir a marcação facial esperada.
Segundo Evaristo, apesar de ser uma opção interessante, a bichectomia deve estar aliada a outros procedimentos, como o Botox ou o preenchimento labial, para promover a harmonização facial que as pacientes normalmente buscam.
– Ela não vai transformar a face, só vai harmonizar, e isso é uma coisa muito sutil – declara. – É preciso ter cuidado combinado com a pele, a face e os dentes.
A International Society of Aesthetic Plastic Surgery recentemente divulgou novos dados sobre cirurgia plástica ao redor do mundo. O Brasil, assim como na pesquisa anterior, de 2013, ficou em segundo lugar na lista de países com mais procedimentos estéticos, perdendo apenas para os Estados Unidos. Em 2014 e 2015, foram feitos um total de 1,2 milhão de cirurgias e 1,1 milhão de procedimentos não cirúrgicos.