A cada edição o Festival Brasileiro da Cerveja fica melhor. Este é o segundo ano consecutivo que o evento ocupa dois setores inteiros do Parque Vila Germânica, em Blumenau, o que distribui bem os mais de cem expositores de cerveja, as 10 opções gastronômicas e as mesas e bancos para degustar tudo com calma.
Para quem ainda não conhece, funciona assim: expositores do país todo trazem suas melhores cervejas e você pode comprar 100ml, 200ml ou 300ml da bebida, ou ainda levar as que estão engarrafadas. Não é só beber — rola uma conversa com quem te atende, te explicam o que faz daquelas bebidas tão especiais. E tem sempre uma novidade, uma bebida com fruta, com uma pimenta ou envelhecida em um barril. Pra quem gosta de cerveja é um parque de diversões.
Depois de comprar o ingresso, todo mundo ganha um copo de acrílico, para ser reaproveitado. No mesmo copo estão as demarcações das três medidas vendidas. Fique ligado para não perder o seu — os estandes simplesmente não distribuem recipientes de plástico, o que é ótimo. Para limpar o copo entre uma cerveja e outra, é só usar um dos lavatórios em formato de barril de chope, bem charmosos, inclusive. Ah, e é preciso trocar o dinheiro pela moeda do evento, o Ninkasi.
Preciso confessar: rola uma ansiedade ao começar a escolher o que beber. São muitas, mas muitas opções. O guia do evento (custa R$ 2, precisa ser comprado junto com o ingresso) ajuda, listando as marcas e os rótulos — e relaxar ajuda bastante também, degustação é diversão, certo? Nessa de "por onde começo?", fiquei meio perdida e comecei de trás pra frente (sorry, sommeliers!). Quando vi estava experimentando uma dunkel (meu estilo preferido) da Cervejaria & Escola do Vale, que tinha sido premiada dias antes pelo Concurso Brasileiro de Cervejas. Ah, mas estava uma delícia. Os 100ml custaram R$ 4.
Partindo para as comidinhas, escolhi ficar nos petiscos. Comecei com um pretzel, que coisa boa. O pãozinho, trazido por um expositor de Porto Alegre, é importado pronto da Alemanha, do mesmo fornecedor da Oktoberfest de Munique. Custa R$ 6.
Depois escolhi um petisco quente, bolinhos de carne com queijo coalho do Pepper Jack, por R$ 20. Tempero bem saboroso, mas poderia estar mais sequinho. Desta vez segui as dicas de harmonização e combinei com 100ml de uma pilsen da cervejaria catarinense Jester, que custou R$ 2.
O terceiro petisquinho foi uma batata holandesa com molho de gorgonzola, da Vovó Diva, que custou R$ 15. É uma batata de corte diferente, simples mas bem gostosa. Arrisquei mais na cerveja desta vez, e escolhi uma sem glúten com fruta, a Bixo da Goiaba, da Lake Side Glúten Free Beer (R$ 4 por 100ml). Gostei, mas como tem o sabor da fruta bem acentuado, não recomendo para quem não curte goiaba.
Depois dessa comilança, finalizei com uma bebida com chocolate, a Poema ao Chocolat, da Colombina (R$ 3 por 100ml). Apesar de sentir mais caramelo que chocolate, achei na medida. Sobremesa de adulto, sabe?
Como a gula é a companheira dos festivais deste tipo, não consegui sair de lá sem um sorvete da Gelataio. Eles têm sabores de cerveja, mas a vontade de experimentar o sorvete de Banoffee falou mais alto. Com uma bola de chocolate também, custou R$ 10.
Festival Brasileiro da Cerveja
Até 14 de março
Sexta-feira, das 19h à 1h, e sábado, das 15h à 1h
No Parque Vila Germânica, em Blumenau
www.festivaldacerveja.com
* Conteúdo produzido por Mariana Furlan