O corpo da atriz Léa Garcia foi velado neste sábado (19), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A cerimônia foi aberta ao público.
A artista morreu na terça-feira (15), aos 90 anos, de infarto. Ela estava em Gramado, onde seria homenageada, na mesma noite, com o Troféu Oscarito no Festival de Cinema.
Léa chegou a participar do tapete vermelho do evento no último sábado (12). A pedido da família, na noite de terça, Marcelo Garcia, filho da atriz, recebeu o Oscarito no lugar da mãe.
— A minha mãe morreu no glamour. Fiz questão de vir aqui porque o objetivo dela era receber este prêmio. Minha mãe me deu essa história de arte e cultura, e nessa história o show não pode parar. A Léa vive, ela está aqui, ela vai continuar. Ela queria que eu fizesse isso, tenho certeza. Quero agradecer a vocês pelo carinho e por tudo o que foi feito por ela. Vou dizer uma coisa que eu sei que ela diria aqui no palco: não desistam. Não desistam — disse em seu discurso.
Ao lado de nomes como Ruth de Souza e Zezé Motta, Léa Garcia foi uma das primeiras atrizes negras da televisão brasileira. A artista deixou um vasto legado nas artes e tinha no currículo mais de cem produções, incluindo cinema, teatro e televisão, além de uma série de premiações.
O corpo de Léa será sepultado no Cemitério São João Batista, na Zona Sul do Rio.