Com os times formados, cada um com 18 talentos, os técnicos do programa de TV The Voice Kids têm agora uma nova missão: selecionar dentro do seu próprio time quem fica na competição durante a fase das batalhas, que começa neste domingo. Carlinhos Brown, IZA e Mumuzinho dividem seus grupos em trios, que cantam juntos a mesma música. A cada apresentação, apenas uma voz segue na disputa. Ao final da fase, cada time será representado por seis talentos.
Felizes e seguros com suas escolhas diante de mais uma seleção difícil e que emocionou cada um deles, os técnicos estão animados para a nova etapa. Para Brown, a formação do time vai além de uma voz que encanta, há outros critérios que o técnico considerou durante o processo:
— Eu escolhi meu time de uma forma coesa, buscando que estilos próximos pudessem cantar e dar o melhor dentro de um repertório que também os confortasse. Agora é aproximar desejos e fazer com que eles se saiam bem.
Já Mumuzinho destaca a importância de seu time estar preparado para qualquer situação.
— Acredito que as crianças vão surpreender, cantando clássicos que muita gente não espera, e vão emocionar. Acho que a voz tem de cantar de tudo, eu prezo muito isso — divide o cantor.
IZA também aposta que será uma fase ainda mais empolgante.
— Serão apresentações que emocionarão a todos. Tenho certeza de que eles vão tirar onda — promete.
E quem divide o palco com os jovens músicos é a apresentadora Fátima Bernardes, que acompanha tudo bem de pertinho e revela torcer por cada uma das vozes que cantam por ali:
— Agora que já conheço todas as crianças, minha torcida só aumenta. Meu desejo é que elas consigam dar o melhor possível para que os shows sejam lindos e que elas fiquem felizes com o que apresentaram, independentemente de seguir ou não na competição.
Com vaga garantida para a etapa das batalhas, as quatro representantes do Rio Grande do Sul no The Voice Kids não escondem a ansiedade. Isa de Souza, 13 anos, Maria Antônia Corrêa, 13, e TAY, 14, integram o time Time Mumu, enquanto Laura Lago, 14, está no Time IZA. Conheça mais sobre cada uma das gauchinhas.
Isa de Souza, 13 anos, de Viamão
Isa começou a cantar aos quatro anos de idade. A guria de Viamão nunca fez aulas, mas acredita que os instrumentos musicais foram fundamentais para aperfeiçoar sua voz: a flauta ajudou a controlar a respiração ao cantar, e o violino auxiliou na percepção das notas. Ela frequenta as oficinas de música da Orquestra Villa-Lobos desde os seis anos. Quando tinha nove, o avô a ensinou a tocar violão, e percebendo o interesse, deu o instrumento de presente para a neta. Além da música, gosta de praticar boxe.
Na fase das Audições às Cegas, cantou See You Again, do norte-americano Charlie Puth, e escolheu fazer parte do Time Mumu.
— Já tinha tentado me inscrever no The Voice (Kids) em um outro ano, mas não deu certo. Foi uma alegria imensa quando recebi o e-mail dizendo que eu tinha sido selecionada para o programa. Eu e minha mãe pulamos de alegria, nos abraçamos muito, era algo que eu queria muito. (Os produtores) Pediram para mandar opções de música e escolheram See You Again para eu cantar. Jamais imaginei que os três jurados iam virar as cadeiras. Senti uma afinidade com o Mumuzinho, e escolhi ele. Estou me esforçando bastante na preparação para a próxima etapa, costumo ensaiar na sala de casa mesmo. Meu sonho é ser cantora. Sinto uma magia quando me apresento, quero sentir isso mais vezes — conta.
Maria Antônia Corrêa, 13 anos, de Porto Alegre
Maria Antônia se interessou por música por causa da família, que fazia questão de colocá-la para ouvir canções quando pequena – os pais eram entusiastas da MPB. Aos cinco anos de idade, aprendeu a tocar piano, instrumento pelo qual é apaixonada até hoje. Sempre gostou muito de realizar apresentações e, como ela mesmo recorda, chegava em todos os lugares cantando.
Se inscreveu para o The Voice Kids pela primeira vez em 2020, depois, em 2021. Selecionada este ano, a jovem de Porto Alegre cantou If I Ain't Got You, da artista norte-americana Alicia Keys, nas Audições às Cegas. Ela virou as três cadeiras, e decidiu partir para o Time Mumu.
— Eu amo muito essa música (If I Ain't Got You), ela sempre esteve no meu coração, e a minha mãe toca. Foi o destino, algo muito bacana. Fiquei surpresa ao ver as três cadeiras virando. Eu queria que, pelo menos, uma virasse, mas não imaginava que todos os jurados fossem gostar. Ficava pensando: "O que eu faço se não virar nenhum?" Mas deu tudo certo, uma sensação maravilhosa. A minha vida está bem mais movimentada. Tem bastante gente me perguntando sobre o programa, principalmente no colégio. Algumas pessoas me param na rua e falam: "Tu é a guria do The Voice?" Agora, estou me preparando bastante para a próxima etapa. Eu amo música desde sempre, é o que me move. Essa porta de entrada para uma carreira é muito especial — afirma.
Laura Lago, 14 anos, de Canoas
Laura iniciou na música aos dois anos de idade, em casa mesmo, pois era muito tímida. Passou a fazer aulas aos quatro anos, mas logo desistiu. Durante a pandemia, foi quando veio seu momento de maior intimidade com a própria voz. Ela recorda que ficava no quarto cantando, e deixava a porta um pouco aberta para que os pais pudessem ouvir. No ano passado, decidiu driblar a timidez e encarar o desafio do The Voice Kids. Além disso, também voltou a fazer aulas de canto para aperfeiçoar as técnicas vocais.
Nas Audições às Cegas, após meses de preparação, brilhou com Love in the Dark, da britânica Adele, chamando atenção de IZA.
— Fiz a inscrição muito nervosa. No dia que mandaram o e-mail dizendo que fui selecionada, minha mãe começou a gritar: "Laura, tu passou". A casa inteira foi à loucura, foi uma sensação de realização, um alívio depois da tenção. Eu gosto mais de cantar em inglês, gosto de pop americano. Me dou bem com o inglês, acho mais fácil de decorar as letras. Quando a IZA virou a cadeira, veio um mix de sentimentos, pois já tinha passado da hora deles (os jurados) virarem, na parte forte da música, aí eu pensei: "Acabou para mim". Agora, a minha preparação está sendo em casa mesmo, com o meu professor — comenta.
TAY, 14 anos, de Novo Hamburgo
TAY foi apresentada ao mundo da música ainda pequena, por influência dos pais. Aos sete anos de idade, participou de um concurso em um Centro de Tradições Gaúchas (CTG), uma de suas lembranças mais marcantes. Tecladista e violinista, gosta de compor canções desde os 10 anos, para dar voz aos próprios sentimentos. Escreve sobre o que acontece no dia a dia, sobre as amigas e, principalmente, sobre histórias de livros – já que um de seus maiores hobbies é a leitura. Cantou Still Loving You, da banda Scorpions, nas Audições às Cegas. Os três jurados viraram as cadeiras, e a jovem de Novo Hamburgo foi para Time Mumu.
Produção: Alexandre Rodrigues e Lucas de Oliveira