Vai na Fé está no ar há pouco tempo, mas já conquistou os corações de milhões de noveleiros. Rosane Svartman marca mais um golaço com uma trama que mistura boa história, dilemas tocantes e humor na medida certa. Some-se a isso uma narrativa um pouco diferente da que estamos acostumados.
A autora transita entre o tempo atual e os anos início dos anos 2000 para mostrar a trajetória dos personagens principais. Assim, ficamos sabendo como Sol (Jê Soares) e Ben (Isacque Lopes) se conheceram em um baile funk e viveram uma paixão avassaladora.
Após 20 anos, Sheron Menezzes interpreta a heroína, que leva uma vida bem diferente: evangélica, casada e mãe de duas filhas, em nada lembra a jovem irresponsável que era. Ben, agora vivido por Samuel de Assis, também mudou bastante. Idealista na juventude, assumiu uma postura mais fechada como advogado, muitas vezes traindo sua ética pessoal.
Orbitando em torno dos protagonistas, outros personagens também ganharam suas versões mais jovens, mas, no fundo, mantendo a essência – para o bem ou para o mal. Theo (Emilio Dantas), por exemplo, aparece nos flashbacks como o mesmo mau-caráter de sempre.
É uma delícia mergulhar nessas viagens temporais, pontas soltas que, aos poucos, unem o passado e o presente, formando uma história bem contada.