Na primeira versão de Pantanal, exibida em 1990 pela extinta TV Manchete, Zuleica — vivida na época por Rosamaria Murtinho — terminava rica. Dessa vez, o final deve ser mais elaborado. Papel que só existe nesta segunda versão, Eugênio (Almir Sater) dará indícios de interesse por Zuleica na festa de casamento de Zé Leôncio (Marcos Palmeira) e Filó (Dira Paes). Interprete da personagem, Aline Borges contou ao Extra sobre o novo desfecho.
— Esse possível envolvimento que surge nessa reta final para Zuleica é um lugar de calmaria. Eugênio representa a voz da sabedoria, do rio, do Pantanal. Então, ele se conectar com essa mulher no final dessa jornada é muito bonito. Ela merece se ligar com alguém que tenha a energia parecida com a dela, alguém do bem, que só vai lhe trazer coisas boas — comenta.
Ela ressalta, no entanto, que a felicidade da personagem não está em encontrar um parceiro:
— Ela não precisa de um homem salvador pra ser feliz. Está saindo de toda a dificuldade que passou nessa trajetória, mas esse encontro com Eugênio não é a solução de todos os problemas.
A insinuação de que vai acontecer um romance entre os dois acontece sutilmente, numa troca de olhares. A cena vai no último capítulo, que será exibido nesta sexta-feira (7).
— A forma como o autor colocou esse final, esse encontro deles, e como a direção conduziu, foi cuidadosa. Não puseram a responsabilidade pela felicidade dessa mulher nesse encontro. Não é sobre isso. É só um encontro que pode gerar coisas boas para ambos os lados. Mas o caminho dela foi ela quem construiu. Zuleica conseguiu sair do fosso em que se meteu. É sobre a liberdade de escolha: ou ficar com esse homem ou sozinha ou olhar pro horizonte e entender que ela vai seguir desbravando. É sobre a liberdade de ser feliz.