Os finais de tarde darão um salto no tempo a partir de hoje. Do Brasil imperial no século 19 para o romantismo dos anos 1930 e 1940, vem aí Além da Ilusão (RBS TV, 18h15min), novela que substitui Nos Tempos do Imperador na faixa das 18h. A autora Alessandra Poggi apresenta uma história cheia de amor, reviravoltas e busca por justiça.
Nos papéis principais, estão Larissa Manoela, estreando na Globo, e Rafael Vitti. Entre nomes já consagrados, como Antonio Calloni, Malu Galli e Paulo Betti, a trama reúne um elenco jovem cheio de frescor e talento, pronto para encantar o público.
Uma atriz, dois papéis
Animada com a estreia, Larissa Manoela se divide em dois papéis, um desafio e tanto para a atriz que, apesar de veterana na atuação, tem apenas 21 anos de idade. Na novela, ela dará vida a Elisa e Isadora, duas irmãs que, embora semelhantes fisicamente, são bem diferentes.
– Há uma passagem de tempo na novela, e, na primeira fase, tem uma atriz mirim que está contracenando comigo, a Sofia Budke, interpretando Isadora. E eu começo essa novela como Elisa. Depois de 10 anos, Isadora cresce e será interpretada por mim – explica Lari, que não esconde a emoção quando fala de suas personagens:
– São meninas à frente do seu tempo, por mais que estejam nos anos 1930 e 1940. Elas têm muita personalidade, são meninas fortes, que sabem o que querem, que não desistem daquilo que almejam. A Isadora é mais aterrada, com os pés no chão, e a Elisa sonha mais, é mais livre, muito mais romântica, e eu tenho certeza de que o público vai gostar muito delas. Eu já estou apaixonada.
Logo no primeiro capítulo, a jovem Elisa comemora 18 anos com uma grande festa. É aí que ela conhece Davi (Rafael Vitti),e o amor surge, literalmente, em um passe de mágica, já que esse é o ofício do rapaz.
– Tudo acontece porque eles se apaixonam à primeira vista. É um amor verdadeiro, que eles acreditam que merece ser vivido. Estou muito empolgado com nossa história – destaca Rafa.
Romance proibido
O forte sentimento terá de enfrentar as convenções da época, personificadas pelo pai de Elisa, o juiz Matias (Antonio Calloni), que não aceita a origem humilde de Davi. A partir daí, uma tragédia provoca grandes mudanças, dando o pontapé inicial para a fase seguinte, que se passa 10 anos depois.
Rafa Vitti garante que, apesar de se tratar de uma trama de época, os temas abordados são bastante atuais:
– A época é a cereja do bolo para contar uma história que poderia estar acontecendo em qualquer momento. Os jovens vão encontrar tudo o que a gente, que é jovem, passa nas mais diversas questões, pois há uma diversidade enorme de temas na nossa trama, muitos deles giram em torno das questões dos jovens.
Estreante em maldades
Vindo de vários personagens do bem, Danilo Mesquita interpreta seu primeiro vilão, Joaquim, rival de Davi na disputa pelo coração de Isadora. O desafio não assusta o ator baiano, pelo contrário:
– Acho que os sentimentos que o Joaquim tem são sentimentos humanos. Estou muito feliz de estar experimentando uma coisa nova, dá aquele medo de não dar conta, de não conseguir fazer, mas estou descobrindo o personagem no caminho com a ajuda dos meus companheiros.
Diretor da trama, Luiz Henrique Rios conta que levará para o público um pouco das mudanças na sociedade da época retratada (1934 a 1944). É uma fase de transição de um país até então predominantemente rural para uma etapa de modernização, focado em indústrias e comércio:
– O Brasil está se modernizando (naquela época). De alguma maneira, o país está mudando. As mulheres estão ganhando força. É muito mais esse conceito – o Brasil está mudando – do que uma discussão sobre o quadro. Isso é citado, existe no cotidiano dos personagens.
Emancipação feminina, maternidade, convenções sociais, preconceitos: são alguns assuntos que o telespectador pode esperar ver na telinha nos próximos meses. Acima de tudo, garante a autora Alessandra Poggi, é uma história sobre o amor, sentimento atemporal:
– Espero que a novela emocione e faça as pessoas suspirarem de amor e se apaixonarem junto com os personagens. O objetivo é dar esperança e lembrar que a vida também é isso.