Como se explica um fenômeno como Juliette Freire, campeã do Big Brother Brasil 21? Com mais de 31 milhões de seguidores no Instagram, uma das contas mais seguidas do país, a advogada e maquiadora segue amada pelo público após o fim do reality e tem sua trajetória descrita minuciosamente em Você Nunca Esteve Sozinha - O Doc de Juliette, estreia desta terça-feira (29) do Globoplay, com episódios semanais na plataforma de streaming.
Com seis capítulos, a série começa destacando o fenômeno que todos já conhecem. Depoimentos de celebridades como Selton Mello e Susana Vieira se mesclam a frases fortes da vencedora do BBB 21, incluindo o discurso de Tiago Leifert no anúncio da vitória do programa, no dia 5 de maio.
— O que ela causou na gente é um senso de justiça. É como se fosse uma cinderela contemporânea — define Selton Mello, em seu depoimento, no início do material.
A partir dessa concepção de ser uma pessoa brilhante, o documentário vai até as origens da advogada. No primeiro episódio, já disponível no streaming, o espectador poderá conhecer melhor a família dela e as amizades que fez na escola. As dificuldades da infância e da juventude - como a morte de Juliene, a irmã caçula, aos 17 anos - são relatadas.
Em um dos depoimentos para a série, Juliette conta que viveu "um laboratório da sociedade dentro da própria casa".
— A gente vivia em comunidade, então a criminalidade era algo muito presente. Vi pessoas sendo mortas, enchentes, pessoas morrendo em deslizamentos, eu passei por tudo isso e sempre tentei encontrar refúgio no trabalho e no estudo — explica ela. — Meu olhar foi construído no coletivo, toda essa minha base de empatia, de se preocupar com o outro, devo à minha estrutura familiar.
Vida pós-BBB
Além de depoimentos de amigos, professores e familiares próximos, para destacar o passado de Juliette, o documentário aponta para o futuro da nova celebridade. Entre os trabalhos que realizou desde que deixou a casa mais vigiada do país, estão a participação em lives de nomes como Gilberto Gil e Elba Ramalho. Encontros musicais - com artistas ainda não revelados - foram produzidos especialmente para a série do Globoplay.
Em entrevista ao jornal O Globo, Juliette destacou que o documentário foi todo foi captado desde que ela deixou o BBB 21.
— Nunca estive sozinha literalmente. Fiz questão de que as pessoas me conhecessem exatamente como sou. É uma forma de me sentir mais perto delas. Eu não sou muito habilidosa com rede social, de ficar filmando tudo. Estou acostumada a ser filmada sem perceber, como era dentro da casa. E isso se manteve — contou ela.
No momento, 70% de sua equipe mora com ela, de maquiadores a sócios:
— É um Big Brother 2 (risos). Na pandemia, é muito mais seguro ficarmos juntinhos. Eles me ajudam muito. Fora que são muito inteligentes, excelentes profissionais.