Em pleno Dia Internacional da Mulher, nesta segunda-feira (8), a Apple anunciou uma nova parceria com a paquistanesa Malala Yousafzai. Ativista pelo direito das mulheres à educação, ela é a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, tendo conquistado a láurea em 2014, aos 17 anos.
Malala, a partir de sua nova produtora Extracurricular, desenvolverá inúmeros títulos para a programação do Apple TV+, o serviço de streaming da Apple, entre dramas, comédias, documentários, animações e séries infantis. Segundo nota da empresa, todas as obras vão refletir a "capacidade de inspirar pessoas ao redor do mundo" que a jovem carrega.
"Acredito no poder das histórias para unir famílias, fazer amizades, iniciar movimentos e inspirar as crianças a sonhar", contou Malala no comunicado. "E a melhor parceira para ajudar a dar vida a essas histórias só poderia ser a Apple. Sou grata pela oportunidade de apoiar mulheres, jovens, escritores e artistas em refletir o mundo como o veem."
Malala tornou-se tragicamente conhecida no mundo todo aos 15 anos, quando foi vítima de um atentado ordenado pela milícia do Talibã. O grupo a atacou por causa de sua militância em favor da educação das mulheres, que a levou a escrever relatos da vida no Paquistão para um blog na BBC.
Ela sobreviveu ao tiro no rosto e foi viver com os pais e irmãos na Inglaterra, onde deu continuidade à sua luta por igualdade. Já no ano seguinte, aos 16, publicou a autobiografia Eu sou Malala, que se tornou um best-seller. Sua vida ainda foi retratada no documentário Malala, assinado pelo norte-americano Davis Guggenheim, de 2015.
O relacionamento entre a ativista e a Apple começou em 2018, quando a companhia foi a primeira parceira do Malala Fund, fundo criado pela paquistanesa para "defender o direito de todas as meninas a 12 anos de educação segura, gratuita e de qualidade".