Exibida no Vale a Pena Ver de Novo desde o dia 27 de abril, Êta Mundo Bom! (2016) já é um fenômeno. Segundo dados do PNT (Painel Nacional de Televisão), que mostra a média de audiência de 15 capitais, incluindo Porto Alegre, logo nos primeiros capítulos, a trama teve números surpreendentes. Ao longo das semanas, chegou a superar sua antecessora, Avenida Brasil (2012).
Nos 12 primeiros capítulos, a novela de Walcyr Carrasco acumulou média de 20,3 pontos em 15 capitais. Já Avenida, de João Emanuel Carneiro, alcançou 18,1 com a mesma quantidade de capítulos.
Com boa parte dos brasileiros em casa por conta da pandemia de coronavírus, a novela da tarde é mais do que uma boa companhia. É um alento em meio a um período tão difícil. Nas redes sociais, personagens como Candinho (Sergio Guizé), Mafalda (Camila Queiroz) e a vilã Sandra (Flávia Alessandra) estão seguidamente entre os tópicos mais comentados.
Segundo o portal Uol, entre os dias 1º e 7 de junho, Êta Mundo Bom! entrou no top 10 de maiores audiências da Globo no Brasil: a novela consolidou média de 20,3 pontos. Ainda de acordo com o site, o resultado é um feito raro, pois novelas da faixa do Vale a Pena Ver de Novo dificilmente aparecem no ranking do PNT.
Mas o recorde de audiência da trama ocorreu no dia 19 de junho. O capítulo mostrou o tão esperado reencontro de Candinho com sua mãe, Anastácia (Eliane Giardini). Êta Mundo Bom! alcançou 24 pontos de audiência e 47% de share (porcentagem de televisões ligadas na Globo naquele horário).
Reprise na hora certa
A escolha de Êta Mundo Bom! para o Vale a Pena Ver de Novo, neste período de isolamento social, foi mais do que acertada. Vale lembrar que a trama chegou a ser anunciada para ir ao ar em outubro. Posteriormente, a emissora optou por Avenida Brasil, que também foi um sucesso no horário. Ao postergar a volta de Candinho, a Globo pode ter mirado no que viu e acertado no que não viu.
Boa companhia
A sabedoria ingênua do caipira criado por Walcyr Carrasco vem a calhar neste momento. Enquanto o mundo real está pesado demais para suportar, nada melhor do que ouvir Candinho dizer que "tudo o que acontece de ruim é pra melhorar". Este e outros ensinamentos do professor Pancrácio (Marco Nanini) são o respiro de que precisávamos para encarar as dificuldades com mais resignação.
Alívio cômico
A novela tem ainda ótimos personagens cômicos. Vale a pena rir de novo com Cunegundes (Elizabeth Savalla), Eponina (Rosi Campos) e Mafalda, a mocinha que sonhava em conhecer o "cegonho" de Romeu, interpretado por Klebber Toledo. Nem mesmo os vilões da história podem ser levados a sério.
As armações de Sandra e Ernesto (Eriberto Leão), não raro, terminavam em guerra de comida e até no chiqueiro. Mais do que nunca, precisamos de um bom humor pastelão para esquecer dos problemas.
É claro que não posso deixar de destacar a emoção de rever Flávio Migliaccio em cena, como Josias. O ator, que nos deixou em maio, é uma saudade eterna para os telespectadores. Ainda bem que deixou um legado artístico imenso que sempre vale a pena relembrar.
Por tudo isso, a volta de Candinho é uma das coisas boas dos últimos tempos. Na falta de histórias inéditas, o repeteco de uma novela leve é uma ótima pedida.
Próximos capítulos prometem
Maria, personagem de Bianca Bin em Êta Mundo Bom!, começa a desconfiar de que alguém muito próximo está conspirando contra Candinho e Anastácia. Sandra e Ernesto que se cuidem, pois o faro da mocinha nunca falha.
Na próxima semana, Maria afirma ter certeza de que o responsável pelo sequestro do burro Policarpo está mais perto do que todos imaginam.
Plano segue
Porém, enquanto não há provas quanto a isso, Sandra segue com seu plano de seduzir Candinho e, assim, se casar com ele. No capítulo de amanhã, a loira má dá o bote e beija o caipira. Já na sexta-feira, a vilã se faz de inocente e conta à tia, como quem não quer nada, que Candinho a beijou.