A médica anestesiologista Thelma, 35 anos, é natural de São Paulo, trabalha em quatro hospitais e nas horas vagas ainda arruma tempo para ser passista de escola de samba. Ela é uma das participantes da 20ª edição do Big Brother Brasil que teve nome anunciado neste sábado (18).
Thelma passou três anos estudando em cursinho antes de prestar vestibular para conseguir ser aprovada com bolsa integral em uma faculdade particular. Porém, ela diz que o preconceito existe.
— Tanto na dança como na medicina, sempre fui a única negra nos meus grupos — analisa.
Sem perceber, começou a tentar se encaixar em outro padrão. Alisava os cabelos. Há três anos, decidiu assumir seus cachos.
— A minha história é parecida com a de muitas meninas negras. Odiava meu cabelo, então alisava. Nem lembrava mais como ele era sem química — afirma.
Thelma se diz ansiosa para entrar nas festas e para colocar todos para sambar. Sua estratégia na casa é manter o foco no jogo para conseguir fazer uma leitura do perfil de cada participante. Acredita que haja similaridade entre os plantões de madrugada nos hospitais com as provas de resistência.
— Tenho amigos aqui fora, mas lá dentro é um tabuleiro de xadrez. Nasci para vencer na vida, não me contento com pouco — descreve.