O ator Antonio Fagundes participou do Conversa com Bial que foi ao ar na RBS TV nesta quarta-feira (21). Na entrevista, o artista falou sobre corrupção, polarização política e também revelou por que abre mão de incentivos fiscais e patrocínios para fazer suas peças.
Em cartaz com o espetáculo Baixa Terapia, Fagundes explicou por que abre mão de financiamentos para as montagens:
– A gente optar por não ter patrocínio é uma ideologia nossa. Queremos a nossa relação sem intermediários. Eles vieram porque pagaram por isso e temos obrigação de entregar a eles o que vieram buscar.
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Quando o assunto é o cenário político, o ator se preocupa com a institucionalização da corrupção. Para ele, é preciso encontrar uma forma de barrar esse tipo de conduta.
– Seria bom que a gente estabelecesse alguns anteparos para a corrupção. Deixar de existir não vai acontecer, mas pelo menos que seja bem mais difícil – opinou.
Sobre a polarização do país, o ator avalia como uma dificuldade de compreensão do cerne da política. E ele acompanha os ânimos acirrados de longe, já que abriu mão das redes sociais.
– Acho que é algo ruim, uma visão deformada da política. A política não deve criar inimigos, deve criar adversários, pessoas que pensam diferentes e são capazes de conviver num mesmo espaço. Se você criar essa dicotomia, ninguém vai conseguir governar nunca.
No bate-papo, Fagundes também se revelou um leitor voraz:
– Normalmente, leio um ou dois livros por semana. Quando estou gravando, são dois ou três por dia. Eu leio em qualquer lugar. Se é bom, eu estou lendo.