Passado o furacão dos últimos dias, o Big Brother Brasil tenta voltar ao curso normal, com a grande final marcada para amanhã. Por méritos e com ajuda dos fatos, credenciaram-se ao prêmio de R$ 1,5 milhão as gaúchas Emilly e Ieda e a manauara Vivian. Cada uma com personalidade própria e bem distinta, mas todas com carisma e potencial para vencer. Ainda assim, acabamos chegando em um embate entre dois lados opostos do jogo, que rivalizaram durante quase todo o reality show. Possivelmente, a decisão será por uma porcentagem pequena.
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Como identificar um relacionamento abusivo
Num contexto macro, ter as três mulheres nessa final do BBB, como bem sintetizou Tiago Leifert, na edição de segunda, significa muito para o atual momento que o país vive. Nas últimas semanas, temos assistido a campanhas de empoderamento feminino importantes e ter Emilly, Ieda e Vivian na final reforça muito isso. E foi no momento mais tenso do jogo que pudemos perceber. Com a expulsão de Marcos, Ieda e Vivian foram fundamentais para a sustentação psicológica de Emilly – que é um caso típico de vítima de relacionamento abusivo, ao não entender o que se passava com ela dentro da casa. As diferenças foram postas de lado, e da advogada veio um belo exemplo de sororidade (palavra tão em alta agora).
– Temos as nossas diferenças, mas jamais vamos virar as costas ou deixar alguém sozinha – disse Vivian à gaúcha.
As conversas entre as três depois do programa de segunda-feira foram das melhores coisas que já vimos no BBB em 17 edições. Ieda foi o suporte maternal que Emilly precisava naquele momento, e Vivian, a amiga que afaga sem deixar de dar a real. Palavras preciosas sendo ditas na TV. O jogo foi invadido pela vida real. O entretenimento virou coisa séria. Com erros e acertos, as três venceram, independentemente de quem for a escolhida do público para levar o prêmio amanhã à noite.