Parte do R$ 1,5 milhão que Emilly ganhou nesta quinta deve ir para o Zé, que inevitavelmente vai ter que repor o estoque de cerveja de sua Lancheria, já que a noite desta quinta foi das mais animadas no restaurante que a torcida de Emilly escolheu como quartel-general em Eldorado do Sul.
O bolicho, levantado a menos de uma quadra da casa da vencedora do BBB 17 na cidade da Grande Porto Alegre, ganhou a companhia de um caminhão de som e de um telão no dia da final do reality, tudo para assistir à vitória da nova milionária da região. Assim que Tiago Leifert anunciou a vitória do "coração", símbolo que usou para representar Emilly, as centenas de pessoas que se reuniam em frente ao bar saltaram metros do chão e urraram como se estivessem no Projac.
– É muita emoção, muita emoção – desabou Marlene de Araújo, dinda de Emilly, uma das tantas pessoas que foi alçada ao ar como o treinador de uma equipe campeã e simplesmente não conseguia fazer parar o choro: – Só o que eu quero agora é dar um abraço apertado nela – resumiu, num misto de alegria e alívio, afinal, não foi fácil a trajetória da guria de 20 anos no programa.
Leia mais:
"BBB 17": com 58% dos votos, gaúcha Emilly é a vencedora do reality e leva R$ 1,5 milhão
Assédio de José Mayer ganha destaque na imprensa internacional: "Vitória contra o machismo"
Antes da final, todo mundo votando no celular
Antes de o programa começar, era difícil achar alguém para dar entrevista: não havia ali ninguém sem o celular na mão, no site do BBB, com o dedo clicando na fotinho da parente ou amiga – na outra mão, batatas fritas e cervejas.
Em frente ao restaurante – um típico restaurante de interior, que acaba servindo de bar durante a noite –, a torcida instalou um caminhão de som com telão, patrocínio da empresa em que uma das primas de Emilly. Entre vídeos feitos por fãs da competidora ("ela tem fãs desde a época em que namorava com o Juliano (da dupla sertaneja com Henrique)", diz outra familiar), quem comandava as imagens de tempo em tempo disparava vídeos de celebridades declarando apoio à gaúcha: Valesca Popozuda, Nicole Bahls e Nego do Borel apareceram em vídeos gravados com o celular ao lado de ex-BBBs como Kleber Bambam e Fani (no caso destes, o apoio sempre veio justificado com algo como "ela foi a mais verdadeira no jogo").
– Eu já queria que tivesse acabado, está sendo um sofrimento muito longo – desabafou Marlene, já com o programa no ar, num misto de empolgação, nervosismo, ansiedade e, de fato, alívio, enquanto a final não começava: – Mas agora estamos em mobilização total, não conseguimos dormir desde ontem.
Entre os assuntos com os torcedores, havia os mais delicados: a morte da mãe poucos dias antes da entrada das gêmeas no programa e as agressões de Marcos, o affair da sister na casa. A vitória de Emilly, no entanto, era uma certeza entre os presentes. Os indícios vão desde pesquisas prévias a perfis fakes – e pouco confiáveis – que liberam o percentual das votações antecipadamente, até a personalidade da finalista:
– Conheço ela desde bebê... Desde a barriga da mãe, para te falar a verdade – recordou o tal Zé, dono do bar transformado em QG pela torcida de Emilly: – Ela e a irmã sempre foram muito bem criadas pelos pais, vinham aqui comprar merenda, brincavam na rua do lado. Ela é uma guria muito boa, merece demais o prêmio – empolga-se o bolicheiro, vestindo uma camiseta estampada com o rosto da guria de 20 anos que viu nascer, enquanto serve um pastel para o próximo cliente.