Como o próprio nome indica, Justiça, próxima minissérie da Globo, pretende fazer com que o público julgue a posição de seus personagens. As gravações começaram em maio, em Recife – cidade que ambienta a trama –, e seguem desde meados de junho nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro. Com 20 capítulos previstos para estrearem a partir de 22 de agosto e serem exibidos quatro vezes por semana, às segundas, terças, quintas e sextas-feiras, o texto envolve quatro histórias distintas que se entrelaçam.
– Perdão e arrependimento são temas satélites dessa discussão. Justiça e vingança são conceitos que se misturam o tempo todo, dependendo de como olhamos a questão – explica a autora, Manuela Dias.
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A ideia é transformar o público em detetives que desvendarão, aos poucos, cada trama. O roteiro explora quatro crimes ocorridos há sete anos e que levaram os condenados à prisão. Mesmo aqueles que não eram culpados. O ponto de partida de cada história é justamente o momento em que essas pessoas conquistam a liberdade, depois de cumprirem suas penas.
A produção leva a assinatura de José Luiz Villamarim, diretor dos projetos mais autorais da Globo nos últimos anos, como Amores roubados, O canto da sereia e O rebu. Mesmo já tendo dito que ter bons atores não é garantia de sucesso, ele reuniu um elenco de peso em seu novo trabalho, como Adriana Esteves, Cauã Reymond, Marina Ruy Barbosa, Enrique Diaz, Marjorie Estiano e Débora Block.
– O que mais me atrai é a possibilidade de realizar um trabalho brasileiríssimo, com aspectos dramáticos profundos. Tudo o que acontece com os personagens é intenso e demasiadamente humano – garante Villamarim.
A trama começa por Vicente (Jesuíta Barbosa), um rapaz que matou a noiva, Isabela (Marina Ruy Barbosa), depois de flagrá-la nos braços de um ex-namorado. Elisa (Débora Bloch), mãe da garota, não consegue superar a morte da filha e planeja tirar a vida do rapaz, em uma tentativa de diminuir sua dor e revolta. Ele, no entanto, não aprendeu a conviver com o remorso e quer o perdão da ex-sogra.
Fátima (Adriana Esteves), ex-empregada de Elisa, também cometeu um assassinato, mas não foi esse o motivo de sua prisão. Incomodada com o cachorro dos vizinhos Douglas (Enrique Diaz) e Kellen (Leandra Leal), ela mata o bicho ao ver que ele mordeu seu filho. Disposto a se vingar, Douglas coloca drogas na casa dela, que é julgada por tráfico.
Rose (Jéssica Ellen) é filha da empregada da casa de Débora (Luisa Arraes), que a trata como uma irmã. Assim como Fátima, ela também acaba condenada por entorpecentes, depois que aceita buscar substâncias ilícitas que seriam consumidas por Débora. Ao sair da cadeia, ela procura pela amiga e tenta ajudá-la a encontrar um criminoso que a estuprou.
A última história conta o drama de Maurício (Cauã Reymond), contador dos sócios Euclydes (Luiz Carlos Vasconcelos) e Antenor (Antonio Calloni), que rouba todo o dinheiro da empresa. Ao fugir, Antenor atropela Beatriz (Marjorie Estiano), esposa de Maurício, que fica tetraplégica. Ela, então, suplica tanto pela eutanásia que o marido decide atendê-la. Por isso, ele fica sete anos preso. Quando conquista a liberdade, só pensa em uma coisa: acabar com Antenor, que está em campanha para governador do Rio de Janeiro. Para colocar seu plano em prática, ele se aproxima de Vânia (Drica Moraes), a mulher de Antenor.