Aos 84 anos, o cantor Agnaldo Timóteo morreu neste sábado (3) em decorrência de complicações da covid-19, no Rio de Janeiro. O artista estava internado desde 17 de março na UTI do Hospital Casa São Bernardo. Ele havia sido entubado no último dia 27.
A família de Timóteo se manifestou em nota: "É com imenso pesar que comunicamos a morte do nosso querido e amado Agnaldo Timóteo. Agnaldo Timóteo não resistiu às complicações decorrentes do covid-19 e faleceu às 10h45. Temos a convicção que Timóteo deu o seu melhor para vencer essa batalha e a venceu! Agnaldo Timóteo viverá eternamente em nossos corações! A família agradece todo o apoio e profissionalismo da Rede Hospital Casa São Bernardo nessa batalha", diz o comunicado.
O cantor chegou a ser vacinado contra a covid-19 em 15 de fevereiro (primeira dose) e 15 de março (segunda dose), mas a infecção teria ocorrido entre as duas. Timóteo foi internado dois dias depois de receber a segunda dose. Conforme o site do Instituto Butantan, fabricante da vacina CoronaVac, "necessita-se de algumas semanas para que seja obtida uma resposta imune (proteção) adequada".
Logo após a confirmação da morte, homenagens ao músico começaram a tomar as redes sociais. Uma deles foi feita pelo perfil oficial do Botafogo, clube do coração de Timóteo.
"Com muita dor, o Botafogo lamenta a morte de Agnaldo Timóteo, cantor e compositor brasileiro, botafoguense apaixonado. O clube deseja conforto aos amigos e familiares neste momento difícil", registrou o time carioca.
Outra manifestação veio da atriz Patricia Pillar: "Que tristeza...Meu carinho aos familiares, amigos e fãs".
Mineiro de Caratinga, Timóteo começou a trajetória musical cantando em circos no interior do seu Estado. Em 1960, partiu de mudança para o Rio de Janeiro e sua carreira na música popular brasileira começou a se consolidar com aparições em programas musicais da TV e do rádio.
O primeiro disco foi gravado em 1964. As gravações de estúdio foram se sucedendo até que, em 1968, lançou o disco Obrigado, querida, contendo o sucesso Meu Grito, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Foram 600 mil cópia vendidas.
Lançamentos populares se repetiram pelas décadas de 60, 70 e 80. Na carreira, Timóteo criou laços de amizade com a também cantora Angela Maria, ao lado de quem atuou várias vezes, em discos de estúdios e em apresentações ao vivo.
O 45º álbum de Timóteo, Em Nome do Amor, foi uma homenagem a Roberto Carlos. A obra reuniu 14 músicas de Roberto Carlos e as interpretou. O artista, que ficou marcado pela sua voz poderosa, vinha se apresentando até recentemente, com espetáculos realizados em 2017 e 2018.
Timóteo também teve atuação política. Ele foi deputado federal nos anos 1990 e, depois, assumiu mandato de vereador no Rio de Janeiro.