A 6 Pro Eventos Empresariais, nome jurídico da Opinião Produtora, apresentou a melhor proposta comercial na licitação para administrar o Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre. Os envelopes das duas empresas participantes do processo foram abertos na manhã nesta terça-feira (24) pela Comissão de Licitação da prefeitura da Capital.
A Opinião ofereceu um valor de R$ 6.188.400. Já a Urbanes Empreendimentos, de Santa Maria, apresentou um número mais baixo: R$ 5.120.000. A outorga inicial estipulada era de R$ 4,17 milhões.
Como nessa etapa ainda cabe recurso, a Opinião Produtora ainda não pode ser declarada vencedora da licitação. Representantes da empresa de Santa Maria quiseram seguir no processo e, agora, possuem um prazo de cinco dias úteis para apresentar o recurso.
O secretário de Parcerias Estratégicas da Capital, Thiago Ribeiro, acredita que a próxima administradora do Araújo Vianna seja conhecida em outubro.
— A análise dos recursos deve ser rápida. Ao longo de outubro deve ocorrer a homologação da vencedora e assinatura de contrato. Aí começa um período de transição entre a prefeitura e a nova empresa — explica Ribeiro.
Além de administrar o Araújo Vianna por uma década, a empresa vencedora também terá que começar a providenciar a reforma do Teatro de Câmara Túlio Piva, na Cidade Baixa, fechado desde 2014 por problemas estruturais. O espaço deverá ser reaberto em 12 meses, a partir da assinatura do contrato.
Sócio-diretor da Opinião Produtora, Rodrigo Vargas Machado comemorou que a empresa saiu na frente no processo de licitação.
— Nós queríamos o Araújo Vianna desde a outra licitação. Eu trabalho com isso há 35 anos e o Araújo é um equipamento muito importante para a cidade. O Araújo é a casa mais completa. Com ele, teremos casas para todos os públicos e todos os artistas — disse Rodrigo, emocionado.
O edital
O edital da prefeitura prevê um investimento de R$ 6,76 milhões, dos quais R$ 2,36 milhões serão para obras do Araújo Vianna e R$ 4,4 milhões para a reforma do Teatro de Câmara Túlio Piva.
A empresa vencedora da concorrência poderá explorar o Araújo Vianna por 10 anos, reservando 30 datas por ano para eventos realizados pela prefeitura, em calendário a ser decidido de comum acordo entre a permissionária e a prefeitura. Na concessão do Teatro de Câmara, também por 10 anos, cada parte terá direito a 50% das datas.
Nenhum dos espaços poderá ser usado para eventos político-partidários, sindicais e cultos religiosos.