Nathália Carapeços
No Largo Zumbi dos Palmares, a voz doce de Flor disputa um lugar de prestígio entre as buzinas dos carros presos em um engarrafamento na Avenida Loureiro da Silva. A jovem de 18 anos não garante a atenção no grito, mas no conteúdo: declama um poema carregado de crítica social pelo viés feminista e sob a ótica da mulher de periferia. Depois da performance de Nathália Silveira – seu nome de batismo –, o público aplaude, os jurados levantam suas placas com notas e outro competidor é chamado para mostrar sua poesia. Essa é a cara do poetry slam, movimento que tem se consolidado nas ruas e em bares de Porto Alegre. Hoje, há quatro grupos que promovem as competições de poesia falada na Capital: o Slam Peleia, o Slam das Minas, o Slam RS e o Slam Chamego.
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