Costumo dizer que nem eu sabia que era tão fã assim do cara, mesmo com todos os sinais de fanatismo evidentes. Minha comprovação veio na manhã desta segunda-feira, quando fui informada que John Mayer fará show em Porto Alegre no fim de outubro. Num misto de felicidade e ansiedade – planejava férias para o período –, fui convidada para contar um pouco do que vi há pouco tempo, no palco do Ziggo Dome, em Amsterdã.
Sim. Este era o sinal número um que eu curtia John Mayer: marquei férias e uma viagem de 20 dias tendo como pretexto principal o primeiro show dele na Europa com a turnê The Search for Everything, depois de conseguir comprar ingressos em uma venda que esgotou em pouco mais de 10 minutos. Foi a realização de um (segundo) sonho, afinal, em setembro de 2013, fui a Buenos Aires para o primeiro show de John na América do Sul com a turnê Born and Raised.
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Assim como em 2013, o show que vi no último dia 2 era uma apresentação extra, aberta após uma venda massiva de tickets para o dia 3. Era o mesmo John de quatro anos atrás, interagindo com o público o tempo todo, mas, desta vez, com ares de superprodução. Luzes e diversas projeções no palco coloriam a apresentação dividida em cinco capítulos focados, basicamente no álbum mais recente. Junto de John, estavam o baixista Pino Palladino e o baterista Steve Jordan, que fazem parte do John Mayer Trio.
O "Chapter 1 - Full Band" foi aberto com Moving on and Getting Over. Na sequência de capítulos, teve Helpless, Emoji of a Wave, Love on the Weekend, Rosie e In the Blood, todas do The Search for Everything. Entre as clássicas, rolou Vultures, Why Georgia, Slow Dancing in a Burning Room e até Your Body is a Wonderland, que John confessou que havia tirado dos setlists há um tempo, mas que resolveu colocar de novo. Para o "grand finale", o norte-americano reservou a também nova You're Gonna Live Forever in Me, que cantou tocando um piano branco lindo.
Para mim, o ponto alto foi ao som de Born and Raised, quando as luzes de todos os celulares se acenderam, surpreendendo o próprio cantor.
Pelo que acompanho dos últimos shows, a apresentação por aqui não deve ter muitas surpresas: muitas músicas novas intercaladas com as clássicas, mas bem clássicas mesmo.