Cauby Peixoto atendia o telefone cantando e disparava frases de efeito ao longo de suas entrevistas. Confira algumas dessas declarações cantor, morto neste domingo, ditas para ZH nas últimas duas décadas.
"Eu mesmo fui uma Conceição. Era um sujeito pobre e me fizeram famoso, mas, ao contrário da letra, eu não me arrependi" – sobre o sucesso Conceição, de 1956.
"As meninas me agarravam, rasgavam a roupa mesmo! Era tanto assédio. Aí, os jornais diziam: 'Quando Cauby canta, as meninas rasgam el'e. Mas eu não costumava tratar mal as fãs, não, eu tratava bem. E, bom, eu era mesmo um símbolo sexual" – sobre a euforia que gerava no público feminino nos anos 1950.
"Eu era o Elvis Presley do Brasil" – sobre o mesmo tema.
"Faço mais para agradar às mulheres. Homem não repara no tecido da roupa, no sapato que estou usando" – sobre o visual às vezes extravagante com o qual se apresentava.
"Numa viagem de avião, assisti a um filme com Michael Jackson. O estilo dele é muito parecido com o meu, o mesmo sex-appeal, a mesma jogada de cabeça" – afirmou em 2001.
"Vou seguindo o ritmo, sem uma ordem prévia. Quando canto uma música e percebo que é muito aplaudida, escolho outra para dar sequência a esse ritmo e,assim,vou indo" – sobre como montava seu repertório.
"Não digo quais, mas há algumas coisas do meu repertório que não gosto, mas continuo cantando porque o público gosta" – ainda sobre o repertório.
"É coisa de genética. Meu pai tocava violão, minha mãe tocava bandolim, Cyro Monteiro, o maior sambista que já houve, foi meu primo, meus irmãos também são músicos" – sobre as raízes de seu talento.
"Quando eu morrer, quero que minhas cinzas sejam espalhadas no topo de um prédio de Porto Alegre" – sobre o a capital gaúcha.
Veja imagens da carreira de Cauby Peixoto: