Termina no domingo a mostra de cinema argentino Nuevos Cines, que durante as duas últimas semanas ocupou a grade de programação Sala P.F. Gastal. E depois, o que acontecerá com o cinema da Usina do Gasômetro?
– Não será fechado – garante o secretário municipal da Cultura de Porto Alegre, Roque Jacoby.
A sala está aberta provisoriamente, por "dificuldades burocráticas nas contratações de pessoal", conforme Jacoby. E assim deve ficar nos próximos dois meses.
– É o que projetamos – diz o secretário. – Há muitas dificuldades financeiras. Além disso, para realizar as contratações sem contestação do Tribunal de Contas, deveríamos promover licitações. Mas isso leva tempo, então estamos tentando fazer composições.
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A ideia, segundo Jacoby, é remanejar funcionários do município "para que a sala possa operar ao menos uns três dias por semana". Como o Gasômetro passará por reforma, que consumirá aproximadamente R$ 3 milhões do total destinado à revitalização da orla do Guaíba, é possível que a P.F. Gastal permaneça funcionando provisoriamente até que se iniciem as obras – conforme o secretário, previstas para serem realizadas ainda em 2016.
– Mas não é o que pretendemos. Queremos deixar a sala funcionando plenamente em cerca de dois meses – projeta.
Enquanto isso, cinéfilos se mobilizam para pressionar o poder público. No Facebook, a comunidade Sala P.F. Gastal Resiste ultrapassou a marca de 1,3 mil participantes. Nesta quinta-feira (7/4) pela manhã, uma petição online pela manutenção do cinema já havia angariado 1,5 mil assinaturas. Produtoras como a Osso Filmes e cineastas como Otto Guerra juntaram-se à campanha postando cartazes em defesa da sala. A arte original, que você pode ver no alto desta matéria, é de autoria do crítico e designer Renato Cabral.
Uma reunião programada para esta sexta entre o secretário e o coordenador de Cinema, Vídeo e Fotografia da prefeitura, Marcus Mello, deve definir como a P.F. Gastal vai operar nas próximas semanas.
