Artistas estão levantando a voz contra leis discriminatórias em alguns Estados dos Estados Unidos. Mais do que isso: estão cancelando trabalhos, como shows e gravações, como forma de protesto.
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Na Carolina do Norte, em março deste ano, entrou em vigor uma lei que tira o poder dos municípios de criar medidas de proteção às pessoas LGBT e obriga o uso dos banheiros de acordo com o gênero atribuído no nascimento, e não conforme sua identidade de gênero – a HB (House Bill) 2.
Ringo Starr, ex-baterista dos Beatles, manifestou-se contra a legislação cancelando uma apresentação que faria na cidade de Cary em 18 de junho. "Eu lamento desapontar meus fãs nesta área, mas nós temos de nos posicionar contra todo esse ódio", escreveu no Facebook.
A banda americana Pearl Jam faria um show na capital, Raleigh, nesta quarta-feira, mas fez o mesmo. "As consequências práticas são altas e o impacto negativo sobre os direitos humanos básicos é profundo", o grupo criticou em um comunicado oficial. Bruce Springsteen também decidiu tomar uma iniciativa. Ele se recusou a tocar em Greensboro, um dos destinos de sua turnê no início do mês. "Na minha opinião, é uma tentativa daqueles que não podem suportar o progresso que nosso país realizou reconhecendo os direitos humanos de todos os nossos cidadãos", defendeu.
Já o Congresso do Mississipi aprovou a lei HB 1523, que permite a funcionários e empresas negar serviços a homossexuais com base em suas crenças religiosas, no início do mês. Como resultado, o cantor de rock canadense Bryan Adams cancelou um show em Biloxi: "Não posso, de uma maneira consciente, me apresentar em um Estado onde algumas pessoas são privadas de seus direitos individuais por sua orientação sexual".
A atriz Sharon Stone, que gravaria um curta sobre cyberbullying chamado The Principal no Estado, também se recusou a realizar o trabalho no local.