É só falar em The Voice Kids para o fofurômetro subir às alturas. Espontâneas e carismáticas, as crianças que passaram pelo palco do reality show musical emocionaram técnicos e público – com direito a cenas de choro coletivo ao vivo. Neste domingo, é hora de enxugar as últimas lágrimas: a grande final vai ao ar a partir 13h25min, na RBS TV, quando se apresentam Pérola Crepaldi, 11 anos, Rafa Gomes, 10 anos, e Wagner Barreto, 15 anos.
Agora, o público vota para decidir quem será o primeiro campeão do The Voice Kids – pelo site, os espectadores já podem escolher seu competidor favorito. Nesta final, cada time mostra um perfil bem distinto. Pérola, da equipe de Ivete Sangalo, mistura segurança e doçura, enquanto Rafa, do grupo de Carlinhos Brown, desponta como uma das queridinhas do público unindo graciosidade a uma voz potente. Já Wagner, do time Victor & Leo, se destaca pelo timbre peculiar e por investir na música sertaneja tradicional.
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The Voice Kids tem seus três finalistas definidos
Em meio às diferenças, duas semelhanças: os três finalistas nasceram no Paraná e exalam fofura nas performances. Para Cosette Castro, professora da Universidade Católica de Brasília e autora do livro Por que os Reality Shows Conquistam as Audiências?, o frescor infantil é um dos responsáveis pelo sucesso da atração:
– A criança tem a ingenuidade, é crédula. Tem uma naturalidade diferente. Além disso, programas que têm crianças ou são de música costumam dar bom retorno. No caso do The Voice Kids, não é uma competição agressiva. É um reality do bem.
Horário foi fundamental para o sucesso do programa
O êxito é confirmado pelos bons índices de audiência. Na Grande Porto Alegre, por exemplo, a média desde a estreia é 22,7 pontos. Em dezembro, antes do início do programa, a faixa horária das 13h às 14h30min nos domingos tinha média de 14,8 pontos. Mas o sucesso não veio por acaso – um exemplo é a escolha certeira do horário de exibição, pós-almoço de domingo. A produção e a direção do programa estão entre os grandes responsáveis pelo triunfo do reality.
– Tem toda uma observação cuidadosa com relação ao elenco, quem vai conduzir. O Tiago Leifert é uma figura cativante. Os jurados também passam pelo mesmo critério. O público se identifica, percebe o carinho com as crianças, percebe uma forma de abordagem. Nesse sentido, consegue estabelecer vínculos. Isso tudo traz a empatia – avalia Alvaro Benevenuto Junior, professor da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e pesquisador em comunicação.
Depois de cativar o público com a primeira temporada, a atração também conquistou espaço na programação da Globo. A próxima edição já está com inscrições abertas. Preparem os lenços de papel.