A noite foi dos jovens no Grammy, com Taylor Swift batendo o rapper Kendrick Lamar e levando o prêmio de melhor álbum do ano por 1989 - e tornando-se a primeira mulher a vencer duas vezes a mesma categoria. Mas a cerimônia teve uma série de outros destaques, incluindo um gramofone para o Brasil – a pianista Eliana Elias faturou o gramofone de melhor álbum de jazz latino por Made in Brazil. Veja alguns dos melhores momentos.
Ao mestre
Lady Gaga, que recentemente tatuou o rosto de David Bowie no torso, homenageou o músico com um medley de suas canções. Com diferentes figurinos, coreografias, maquiagens e efeitos visuais, a apresentação, que se ateve aos clássicos do cantor, sem fazer menção a lançamentos recentes, destacou-se no meio das premiações. Se a recepção de público e crítica foi calorosa, sendo qualificada inclusive como "icônica" pela revista Billboard, o filho do artista, Duncan Jones, disse ter achado a homenagem "mentalmente confusa".
Ativista
Embora tenha levado, um a um, os primeiros lugares das listas de melhores de 2015 com seu To Pimp a Butterfly, Kendrick Lamar ganhou "apenas" cinco dos 11 prêmios a que foi indicado. O que não quer dizer que não tenha deixado uma marca tão grande quanto a da vencedora Taylor Swift com sua apresentação das canções de The Blacker the Berry e Alright. Entre chamas, Lamar assumiu-se como voz da consciência afro-americana ao surgir acorrentado no palco que reproduzia uma prisão, numa encenação visual que terminou com o mapa da África e a palavra Compton, subúrbio de Los Angeles de onde ele é originário.
Ela respondeu
Depois de mais alfinetadas, Taylor Swift aproveitou o prêmio de melhor álbum do ano para dizer a Kanye West o que pensa. O cantor, que já invadiu o palco do VMA para defender Beyoncé enquanto Taylor recebia o prêmio de melhor clipe feminino, fala em Taylor em letra de seu último álbum ao dizer que "tornou aquela vadia famosa". Em seu discurso de agradecimento, a cantora se dirigiu às jovens e deixou uma indireta ao rapper:
– Como a primeira mulher a ganhar duas vezes o prêmio de melhor álbum do ano no Grammy, quero dizer a todos as jovens mulheres por aí: haverá gente ao longo do caminho que tentará minar seu sucesso ou levar o crédito por suas realizações ou sua fama. Mas, se você se concentrar no seu trabalho, não deixará que essas pessoas façam você se desviar.
As rivalidades de Taylor Swift
Ela desafinou
Ficará para o esquecimento a apresentação de Adele no Grammy. Quem pensava que a britânica não tinha a capacidade de errar enganou-se: enquanto a cantora cantava All I Ask, algo parecido com um som de violão, incompatível com a música, invadiu o show. Nisso, o áudio chegou a ser cortado antes de ela conseguir terminar a canção, que soou desafinada. "Os microfones do piano caíram sobre as cordas do piano", explicou a cantora, depois, no Twitter.
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Sempre rock n' roll
Morto em dezembro, o frontman do Motorhëad, Lemmy, também recebeu um tributo de peso no palco do Grammy. O supergrupo Hollywood Vampires (composto por Alice Cooper, Joe Perry, Johnny Depp, Tommy Henriksen, Duff McKagan, Matt Sorum e Bruce Witkin) foi apresentado por Dave Grohl, que lembrou que "muitos tocam rock n' roll, mas poucos entre nós são rock n' roll, e Lemmy Kilmister era rock n' roll". O grupo tocou uma música inédita antes de executar o megahit Ace of Spades em frente a um telão com uma foto de Lemmy.