Norminha Duval é violonista, e não violinista. A informação incorreta permaneceu publicada entre 22h e 23h30min da última quinta-feira.
Morreu na quarta-feira, aos 81 anos, a violonista Norma Gonçalves Cadaval – a Norminha Duval –, que foi responsável pela abertura do espetáculo Tangos & Tragédias por dois anos consecutivos. Diagnosticada com mielofibrose havia um ano e meio, ela não resistiu a uma embolia pulmonar.
O velório ocorreu no Cemitério São Miguel e Almas, em Porto Alegre, e o corpo deve ser cremado.
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Em 2007, Norminha ganhou o Prêmio Açorianos de Música Instrumental com o disco O Violão Brasileiro de Norminha Duval, dirigido e produzido pelo amigo Hique Gomez, protagonista do Tangos & Tragédias.
– É um disco de violão solo muito agradável de ouvir, que mostra todo o talento dela como instrumentista virtuose – comenta Hique, a quem Norminha proporcionou o primeiro emprego como músico, quando ele tinha 19 anos. Os dois se apresentavam no restaurante Cantina Itália.
Norminha nasceu em Rio Grande. Quando jovem, estudou no Conservatório de Música de Barcelona, na Espanha. Também participou de programas durante a Era do Rádio – período entre os anos 1940 e 1950 – e acompanhou Elis Regina em programas de rádio. Em São Paulo, aproximou-se de grandes nomes da Música Popular Brasileira (MPB) como Rosinha de Valença e Cauby Peixoto.
– Ela trouxe para o Estado uma batida de samba no violão que poucos conseguem reproduzir – ressalta Hique.
Em 2009, ela chegou a se apresentar em Portugal, onde foi homenageada. Foi ainda candidata a vereadora pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), em 2012.
Até ficar com a saúde debilitada, Norminha se apresentava no restaurante La Piedra, na Capital, onde conquistava a simpatia dos clientes com música e conversa.