Conversei com Lemmy por pouco mais de 15 minutos. Foi em março, por telefone, em uma entrevista que seria publicada por ZH dias depois, às vésperas do festival Monsters Tour, que trouxe o Motörhead a Porto Alegre – além de Ozzy Osbourne e Judas Priest. A primeira coisa que lembro de minha conversa com uma das maiores lendas da história do rock é o "hi" que recebi assim que tirei o telefone do gancho: um grunhido que ficava entre "hey" e "nhãrf" e era mais barulho do que saudação. Já esperava ouvir uma voz cavernosa, mas nunca imaginei que um simples cumprimento de duas letras poderia são tão grotesco e ininteligível. Até o fim da entrevista, fui obrigado a lidar com a dificuldade de entender o inglês embolado, rouco e arrastado de Lemmy.
R.I.P. Lemmy
Gustavo Foster: a primeira coisa que lembro de minha conversa com Lemmy
Vocalista e baixista do Motörhead deu entrevista a ZH em março, antes do show da banda no Estádio do Zequinha, o último em solo brasileiro
Gustavo Foster
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