O músico Lucas Silveira, vocalista da Fresno, foi uma das presenças mais aguardadas da 61ª Feira do Livro de Porto Alegre até o momento. Ele veio à Capital nesta quinta-feira lançar Eu Não Sei Lidar, livro que conjuga histórias pessoais e letras de canções.
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O bate-papo com o escritor estava marcado para as 17h30min, mas a partir do meio-dia uma longa fila de adolescentes começou a se formar. Veja:
Foto: Lauro Alves
Lucas começou o papo lembrando do primeiro livro que procurou na Feira do Livro, ainda criança:
- Lembro que arrastei minha mãe até a Feira pra comprar um box de Onde Está o Wally. Depois, veio um livro do Jack Cousteau.
Sobre influências literárias determinantes em sua vida, Lucas apontou poetas que conheceu quando estava na escola, como Castro Alves.
- A poesia do período romântico era uma parada super triste. Fiquei muito influenciado por isso, essa coisa de hipérboles, de exagerar o sentimentalismo para fazer alguém entender o que está sentindo. Quando você é adolescente acha muito bonito esse sofrimento por amor. No primeiro momento da Fresno, eu só era capaz de fazer músicas românticas. Com o tempo, a vida começa a mostrar que há outras coisas para falar - contou o músico.
Lucas também falou sobre os livros que mais o influenciaram recentemente: obras de Nelson Motta e André Midani.
- Andei muito curioso para conhecer as histórias que tornaram nomes da nossa MPB em gigantes - disse Lucas.
O músico conversou com ZH sobre sua relação com a Feira do Livro, desde memórias da infância, até a época da faculdade, quando conviveu com escritores como Daniel Galera e Daniel Pellizzari. Confira: