Patrono da Feira do Livro do ano passado, Airton Ortiz terá mais um momento de brilho na Praça da Alfândega nesta edição. Nesta quarta-feira, às 14h, ele apresenta relatos sobre a viagem que deu origem ao livro Nova York. O volume de crônicas, feito a partir de uma estadia de três meses na cidade americana, terá sessão de autógrafos no mesmo dia, às 19h.
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- Não se trata de um guia, algo descritivo. Nova York é um livro sobre eu interagindo com a cidade, um olhar mais próximo do cotidiano nova-iorquino - explica o escritor.
Para conhecer melhor o dia a dia da Big Apple, Ortiz se hospedou em diferentes locais.
-Um vez aluguei um quarto em um hotel decadente, pois queria ter uma visão a respeito da cidade do passado. Era um hotel com alguns moradores fixos, e que também recebia operários que não conseguiam sair da NY a tempo de voltar para casa em cidades vizinhas - conta o autor.
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Foi neste hotel que, no meio de uma noite, Ortiz acordou com alguém caindo da parte de cima de seu beliche.
- Vi que era alguém que tentou subir no colchão, mas tinha um problema na perna que o fez cair. No dia seguinte, deparei com ele na rua com um cartaz pedindo doações. Era um sem-teto - diz Ortiz.
O autor fez questão de se embrenhar em lugares e eventos que não são comumente visitados por turistas. Próximo a Broadway, descobriu uma igreja que estava promovendo uma quermesse. Ao entrar, surpreendeu-se que, em um dos bairros mais badalados do mundo, as festas nas paróquias eram muito parecidas com as que frequentava no interior do RS, com as mesmas brincadeiras e quitutes.
- É um livro para quem quer conhecer a cidade além do superficial - diz Ortiz.