Por que escrever? Essa foi a pergunta que quatro patronáveis da 61ª Feira do Livro tentaram responder na tarde deste sábado. Com mediação do escritor Cassio Pantaleoni, as autoras Maria Carpi, Valesca de Assis e Cíntia Moscovich e o cartunista Santiago falaram do que os motiva a criar. Confira aqui algumas respostas:
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Maria Carpi: "Escrevo por falta de espaço para sonhar, tanto individual como politicamente. Escrevo de um deslugar. A Maria Elisa, meu nome completo, sustenta a Maria Carpi, e a Maria Carpi salva a Maria Elisa. Demorei para encontrar os leitores. Publiquei aos 50 anos meu primeiro livro. Quando encontrei os leitores, foi muito lindo, porque o leitor dá um panorama muito diferente da obra do que o autor."
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Santiago: "Não sei por que faço o que eu faço. É pela força pura da natureza. Desde que me conheço por gente, me lembro de estar desenhando. Toda criança desenha, mas minha doença era maior. Não parei quando toda criança para. Descobri que o desenho poderia ser uma ferramenta de comunicação e transformação política. Não quero responder perguntas, mas sim levantar perguntas, debates."
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Valesca de Assis: "A questão social sempre me afetou profundamente. Ainda estou em busca para entender porque existem essas diferenças. Mario Vargas Llosa já disse que a leitura tem um caráter curativo. Também acredito nisso. Escrever é também deixar uma marca no mundo, não nossa pessoal, mas para que as pessoas olhem ao seu redor."
Cíntia Moscovich: "Cabe à gente que teve mais acesso à informação, valorizar a civilização, no sentido de deixar de ser bicho para ser gente e conviver. E um dos caminhos para moldar um ser humano, é a leitura. O que leva a gente a escrever é o mesmo que nos leva a ler, é a inquietação, a busca da transcendência."
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* Zero Hora
Literatura
Por que escrever? Quatro patronáveis da Feira do Livro respondem
Com mediação do escritor Cassio Pantaleoni, as autoras Maria Carpi, Valesca de Assis e Cíntia Moscovich e o cartunista Santiago falaram do que os motiva a criar
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