De tempos em tempos, eu passeio pelas caixas de DVDs, precursoras do que temos hoje. As caixas já foram os melhores presentes que a gente podia ganhar de Natal ou aniversário, lembram? Friends, The Sopranos, 24 Horas, The West Wing? As caixas foram provavelmente as últimas coisas que eu utilizei nas videolocadoras de antanho.
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E caixa das caixas é a de Band of Brothers, o melhor filme de guerra de todos os tempos, junto com Vá e Veja, do russo Elem Klimov, e talvez Cruz de Ferro, de Sam Peckinpah. E o fato de o melhor filme de guerra não ser exatamente um filme, mas uma série, marcou o muito que Band of Brothers fez para demonstrar as possibilidades da nova televisão.
Basicamente, em 10 episódios brilhantemente construídos, mesmo que nem sempre brilhantemente narrados, acompanhamos a Companhia Easy, da recém-inventada Força Aerotransportada do exército americano, no treinamento, na Inglaterra. Eles se preparavam para invadir a Normandia, na própria, a partir do hoje tão celebrado Dia D, e nos tempos que se seguiram à invasão da Europa, no rumo da derrota inevitável de Hitler e do mal nazista.
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O melhor de Band of Brothers é o equilíbrio entre a grande História acontecendo lá fora e a história de um grupo de soldados em suas pequenas vidas. Podemos ser pequenos e fazer grandes coisas, alguém disse. É o que vemos. Vemos muito do heroísmo, do horror, do desperdício insano de vidas que uma guerra realmente é. O herói é o tenente Winters, que termina promovido a major, um sujeito que enfrenta o mesmo horror, faz o que é preciso fazer, sem perder a sua noção do que seja humano ou correto.
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No fundo, Band of Brothers é sobre a grande questão do que nos faz humanos, diante do pior e do melhor nos humanos. E ainda é uma baita série sobre a experiência americana na maior e mais presente guerra mundial que a humanidade conheceu. Vá e veja.
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