No início, até achei que tinha tudo para não dar certo, mas bastou um programa para mudar de ideia. A reformulação do Zorra (exibido pela RBS TV aos sábados à noite), que perdeu o Total do nome, ganhou nova equipe de roteiristas e direção e agregou nomes ao elenco tradicional mostrou-se bem-sucedida. Eliminar quadros fixos e bordões não foi o único acerto.
O primeiro ponto positivo foi dar o comando da atração para a dupla Maurício Farias e Marcius Melhem. Os dois já provaram - ao lado de Marcelo Adnet - que sabem fazer humor ácido e inteligente com o Tá no Ar: a TV na TV. Farias assina a direção de núcleo e Melhem a redação final do Zorra. Com um texto que, para alguns críticos, é uma mistura de Tá no Ar com Porta dos Fundos, o programa agora brinca com sua antiga versão, faz piada com o cotidiano e ainda tem umas pitadas de crítica social.
Com essa nova linha editorial, Farias e Melhem apostaram no elenco que já estava no programa, mostrando que o problema não eram os humoristas, mas as piadas. Com o acréscimo de nomes como Dani Calabresa, a nova equipe é muito feliz na interpretação. O Zorra tem ritmo e graça. É possível dizer que é uma boa atração para quem vai ficar em casa no sábado à noite e quer conferir entretenimento de qualidade. Dá para rir com o novo Zorra. A maior prova disso é que, quase dois meses após ter entrado no ar, a reformulação agradou aos críticos e ao público. A média de audiência subiu em torno de dois pontos em São Paulo e Rio e o programa sempre repercute nas redes sociais.
SERVIÇO
ZORRA
Humorístico semanal, exibido todos os sábados, após a novela Babilônia.
RBS TV