Primeira participação dos Mamonas Assassinas, em 1995:
Homenagem a Renato Russo, feita em 1994:
Shakira no Programa Livre, em 1996:
Fã se declara para Jon Bon Jovi, em 1997:
Ivete Sangalo e Xuxa tiram dúvidas com Laura Muller, em 2010:
Entrevista com Slash, em 2011:
Filho de Chorão faz parceria com Champignon, em 2013:
Anitta e Pitty discutem, em 2014:
Com mais de 30 anos dedicados à televisão, o jornalista e apresentador Serginho Groisman completa 65 anos nesta segunda-feira. Conhecido pelos programas com personalidades convidadas e uma plateia recheada de jovens, o autor do bordão "fala, garoto!" é sinônimo de sucesso com a juventude.
Uma das explicações para tamanha afinidade com esta faixa etária está no comportamento do apresentador, acredita Bruna Paulin, mestre em Comunicação Social, especialista em juventude, cultura e consumo:
- Serginho soube manter-se jovem. Ele é leve, alegre, conversa na mesma linguagem e postura deles. Não demonstra autoridade ou superioridade. Não é visto como pai, é o tio ou irmão mais velho - analisa.
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A fala e os movimentos também acompanham aquilo que os jovens falam e fazem. E mais: até no figurino ele se aproxima do público com quem quer conversar.
- Ele veste calça jeans, e não terno - aponta Bruna.
Formado em Jornalismo pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), de São Paulo, em 1977, Serginho começou a "falar a língua dos jovens" no final da década de 80, quando comandava o programa TV Mix, da TV Gazeta. Em seguida, foi para a TV Cultura, onde, nos anos 1990, ficou conhecido por comandar o programa Matéria-Prima.
Na atração, Serginho inovou ao criar o formato que o consagraria anos depois no SBT e na Rede Globo: em um estúdio que lembra uma arena, o apresentador circula entre a plateia - composta basicamente por jovens - e convidados dando voz a quem quiser opinar.
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- O formato do programa é acessível, não tem palco - diz Bruna.
Silvia Koch, professora de mídia da Faculdade de Comunicação Social da PUCRS e pesquisadora das linguagens para jovens, levanta outro aspecto:
- Ele foi o primeiro apresentador de televisão aberta a dizer que o jovem poderia falar.
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Para ela, o fato de ele ter o microfone e repassá-lo à plateia legitima esse comportamento de igualdade. Além disso, durante suas pesquisas de mestrado e doutorado, Silvia identificou outro ponto de afinidade entre o apresentador e seu público:
- Ele não é caricato, personagem. O Serginho é ele mesmo e os jovens adoram esta possibilidade de ser autêntico. Afora isso, ele fala sobre tudo e com propriedade, o que transmite credibilidade. A gente nunca viu ele falar bobagem - avalia.
E é o próprio Serginho quem confirma os estudos de Silvia:
- Eu acho que a fórmula é, primeiro, não se comportar como um adolescente. Não querer ser um. E depois, é uma formação jornalística, estar sempre atento às coisas que acontecem no mundo inteiro, não especificamente jovens. A plateia é jovem, mas o programa é dirigido a todo mundo. Também sou uma pessoa que não procuro ser o protagonista. Procuro dar voz a outras pessoas, principalmente para a plateia. É esse o diferencial de fazer com que uma plateia seja atuante no programa - comenta por e-mail através da assessoria de imprensa.
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Depois de sair da TV Cultura, Serginho assumiu o Programa Livre, atração diária que ocupava as tardes do SBT utilizando a mesma fórmula. De lá, o apresentador foi para a Rede Globo, de onde, há 15 anos, comanda o Altas Horas, transmitido nas madrugadas de domingo na emissora.
Dentre os quadros famosos da atração estão "Não é foto, é vídeo", em que Serginho finge que vai tirar uma foto com celebridades enquanto, na verdade, está fazendo um vídeo e "Sexo com Laura Muller", no qual a sexóloga tira dúvidas dos convidados e da plateia.
- O conflito de gerações, carreira, sexualidade e gravidez sempre estarão em pauta. O adolescente cresce, mas o próximo vai ter o mesmo questionamento - fala Bruna.
Leia mais notícias sobre televisãoHoje, a atração conta com quatro quadros fixos: "Com quem pareço", "Talentos da Plateia", "Dublagem Ao Vivo" e o bate-papo com a sexóloga. Na plateia, mais de 300 pessoas entre 17 e 21 anos assistem de perto às entrevistas e shows com bandas convidadas e a banda Altas Horas.
Mesmo completando 65 anos, o apresentador garante que aprende muito com o público:
- Eu acho que é uma energia sempre boa. É uma idade muito boa, onde eles ainda podem mudar de opinião com bons argumentos. Então, acho que é uma coisa que eu aprendo com a plateia - fala.
E nesta segunda-feira, Serginho aproveita para curtir o primeiro filho, nascido no último dia 17:
- Estou passando com a Fernanda e o Thomas. Não vai ter um programa especial. Estou curtindo em casa - finaliza.
Relembre alguns momentos marcantes de Serginho Groisman na televisão: