Para quem queria um show de metal, o Judas Priest foi a grande atração do Monsters Tour, festival que foi madrugada a dentro em Porto Alegre nesta quinta-feira. Com uma apresentação quase teatral, Rob Halford e seus parceiros mostraram que tem um público muito fiel no Rio Grande do Sul. Seja em clássicos como Breaking the Law e Painkiller, ou em músicas do recente Reedemer of Souls, de 2014, os experientes metaleiros britânicos tiveram a participação da plateia em todas as músicas tocadas. Afinal, era um festival de metal.
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Se Halford é o personagem a se prestar atenção no show do Judas Priest, o novo guitarrista Richie Faulkner faz de tudo para roubar a cena. Com 28 anos a menos que o frontman, ele esbanja energia e não para de se dirigir à plateia. Joga palhetas, aponta para fãs, faz coreografias, exagera intencionalmente no gestual dos solos - tudo para agradar o público, que responde positivamente, sempre. E Faulkner se encaixa bem na apresentação do Judas Priest: exagerada, cênica, com trocas de figurinos, explosões e um telão frenético.
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Constantemente trocando de figurino, o vocalista Rob Halford entre montado em uma Harley-Davidson em determinado momento do show. Em outro, empunha um cetro (os maldosos dirão que é uma bengala, exigência da idade) e entra como um rei no palco. Já no fim, abre a camisa e exibe a barriga que é fruto dos 63 anos, tapada de tatuagens.
Se Ozzy Osbourne fez um show de hard rock travestido de metal e o Motörhead tocou punk, o Judas Priest fez a alegria de quem foi ao Zequinha assistir heavy metal de qualidade. Talvez seja por isso que, na metade do show, Rob Halford parou, olhou para a plateia - que estava quase toda com as mãos para o alto - e fez um joinha, como quem diz "é para gente como vocês que gostamos de tocar".