Uma das principais bandas do rock gaúcho quer ir para o cinema. Com imagens captadas nos últimos oito anos de turnês e ensaios, a Bidê ou Balde pretende produzir Bidê ou Balde se Exibindo para as Visitas, um filme misto de documentário, apresentação ao vivo e "bobagens que se faz na estrada", nas palavras do vocalista Carlinhos Carneiro. Para tirar a ideia do papel, o grupo botou no ar um projeto de financiamento coletivo, com meta de R$ 56 mil.
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O foco de ...Se Exibindo para as Visitas é o "Kilgore Trio" - trilogia de gravações da banda que consiste no EP Adeus, Segunda-Feira Triste e nos discos Eles São Assim. E Assim por Diante e Gilgongo! ou, A última transmissão da Rádio Ducher, que deve ser lançado por julho. Os três álbuns têm seus títulos tirados de obras do autor norte-americano e mostram uma nova fase da Bidê. Carlinhos explica que, como Vonnegut repete personagens em suas obras, a banda resolveu gravar versões diferentes das mesmas músicas nos três discos. No filme, essa transição aparece na forma de depoimentos e gravações inéditas.
Assista a um trecho do documentário:
- A graça da Bidê é ter um monte de informação para as pessoas ficarem pescando no ar e irem se divertindo com isso. Eu gosto de consumir a música e todos os produtos dela dessa forma. No filme, a gente fala sobre como as músicas foram feitas, sobre a bizarrice que foram as gravações de Eles são Assim..., sobre a história desse disco novo, sobre a loucurinha com o Kurt Vonnegut, tudo misturado com algumas apresentações ao vivo e bobagens, mentiras e encenações que a gente faz na estrada - diverte-se o vocalista.
Para dirigir tudo e dar uma ordem ao caos de imagens que abrangem quase uma década, a banda chamou Gabriel Von Doscht, que acompanhou a Bidê ou Balde por seis anos em todos os shows. Ele diz que além de composições novas, como Mesma Cidade, Madonna, Me Deixa Desafinar , vai ser impossível deixar de fora clássicos como Mesmo Que Mude, Microondas, Melissa "e outras tantas músicas que começam com a letra M":
- Eu e a banda gostamos muito da onda do Flaming Lips. Nos últimos anos, eles lançaram uma série de vídeos de shows que, entre as músicas, são mostradas imagens de bastidores e depoimentos. A pilha do filme da Bidê vai ser quase essa: vamos amarrar a história com músicas e recheá-la com depoimentos e muitas cenas de bastidores.
Ideia antiga, o projeto ganhou força quando o grupo passou a ser acompanhado de perto por câmeras. Tanto Carlinhos quanto o guitarrista Rodrigo Pilla tratam o filme como algo essencial para a carreira - a discussão era o formato.
- A gente sempre chamou de DVD, mas um dia o Gabriel veio gravar conosco e disse que DVD era muito anos 1990. Daí, a gente decidiu fazer um filme, porque a gente é mais anos 1980, e naquela época tinha os filmes do AC/DC. Então, vamos fazer um filme! - brinca Carlinhos.
Entre as recompensas para quem doar entre R$ 15 e R$ 15 mil para o filme da Bidê ou Balde estão desde o download das oito faixas do DVD até um show acústico exclusivo, passando por camisetas, pôsteres, canecas e imãs. O prazo para doações é de dois meses - a ideia é que o filme esteja pronto no início do ano que vem e, se tudo der certo, entre em circuito nas salas de cinema. Você pode fazer sua doação no site Traga Seu Show.
