Em dois dias de shows para 80 mil pessoas, o Planeta Atlântida 2015 levou ao público a música de ídolos confirmados, mas também lançou novidades ao apresentar atrações que estrearam nos palcos da Saba. Confira o que ficou de melhor no saldo desta edição do maior festival do sul do país, que celebrou 20 anos.
Massa seguidora do reggae
Nenhuma festa na praia está completa sem uma boa dose de reggae. E o Planeta teve quatro bons representantes do gênero - alguns mais puristas, outros menos ortodoxos. Veteranos do festival, Armadinho e Skank não precisaram fazer muito para ganhar a audiência, desfilando hits antigos e canções de seus trabalhos mais recentes. Natiruts foi outro que entrou com o jogo ganho, mas fez mais: além das canções próprias, arriscou covers de Legião Urbana (Faroeste Caboclo), Charlie Brown Jr. (Zoio de Lula) e Paralamas do Sucesso (Mensagem de Amor). Atração internacional, os americanos do Sublime with Rome decepcionaram na estreia, executando um show burocrático e que só foi empolgar literalmente na última música, com o hit Santeria. Antes disso, o público aproveitou para reabastecer os copos e ir ao banheiro.
Fizeram a festa
Atração internacional, o Capital Cities pisou pela primeira vez o palco do Planeta com apenas um hit, Safe and Sound. Mas, antes disso, na metade do show, já havia ganho a plateia, graças ao entusiasmo e carisma da dupla Ryan Merchant e Sebu Simonian. Dançante, o show do Capital contou ainda com covers bem recebidos de Holiday (Madonna), Stayin Alive (Bee Gees) e Nothing Compares 2 U (sucesso na voz de Sinéad OConnor). Quem também levantou os planetários foram os shows duplos Gigantes do Samba (Raça Negra e Só Pra Contrariar) e Comunidade Nin-Jitsu com Ultramen. Os sambistas trouxeram os anos 1990 de volta com clássicos de gafieira com Cheia de Manias, Cigana e Sai da Minha Aba. Já os gaúchos encerraram o primeiro dia arrepiando hits do quilate de Detetive, Peleia, Merda de Bar e Dívida.
No palco Pretinho Convida, bandas apostam em covers
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Força das estrelas pop
Ivete Sangalo no Planeta não costuma falhar. E novamente a musa do axé dominou a multidão por todas as vias: dançou, cantou, conversou, recolheu presentes e tirou um sem número de selfies com os fãs. No repertório, só clássicos, apresentados em formato de pot-pourri - Festa com Sorte Grande, Dalila com Arerê, Na Base do Beijo com Levada Louca. Já os novatos Gusttavo Lima e Kesha tiveram atuações bem diferentes. O primeiro rachou o assoalho com um bailão que misturou sertanejo com música eletrônica e romântica, vanerão e pop rock, em canções como Só Tem Eu, Balada e Gatinha Assanhada. A segunda sequer cantou - foi de playback do começo ao fim, dublando músicas que apenas os fãs mais ardorosos conheciam. Apesar de bater cabelo o show inteiro, foi só no final, com o hit Tik Tok, que Kesha conseguiu alguma reação da massa planetária.
Cada um com seu baile
Já quase perdendo as contas de participações no Planeta, o Jota Quest segue como um dos melhores shows do festival. Escorados por um naipe de metais furioso e um trio de backing vocals inspirado, os mineiros abriram sua apresentação com Mandou Bem e seguiram com Na Moral, Mais uma Vez e Encontrar Alguém. Fechando o último dia, o estreante Baile da Favorita transformou o Planeta em um grande baile funk carioca. Primeiro a se apresentar, o funkeiro Buchecha lembrou clássicos dos anos 1990, como Nosso Sonho e Quero te Encontrar. Em seguida, a MC Ludmilla mostrou ser uma artista pop completa, fazendo seus fãs berrarem com Fala Mal de Mim e Hoje, além de músicas de Tim Maia, Anitta, Valesca Popozuda e Mr. Catra. No intervalo entre os dois artistas, o DJ Tubarão apresentou um set de sucessos do funk.
O rock teve sua vez
Com diferentes propostas e abordagens, o rock foi responsável por abrir os trabalhos nos dois dias do Planeta. No primeiro, a estreante Malta, vencedora do reality show SuperStar, mostrou um repertório de baladas açucaradas, como Diz pra Mim, Mais que o Sol e Entre Nós Dois. Apesar de bem recebidos, pouco empolgaram a audiência que ainda se acomodava em frente ao Palco Central. Postura bem diferente teve o CPM 22, que conquistou o público com um set list pesado e agressivo. Os pais do emocore nacional tocaram singles de todo os seus discos, começando pela clássica Regina Lets Go e passando por Um Minuto para o Fim do Mundo, O Mundo dá Voltas e Não Sei Viver sem Ter Você.