O rei do groove
Cenas de um programa da TV Tupi gravado muito provavelmente em 1973 (e não 1971 como informa o vídeo). Tim Maia mostra a potência da sua imersão na soul music durante a temporada vivida nos EUA. Primeiro, canta Idade, do disco homônimo de 1972. Depois, manda ver Do Your Thing, Behave Yourself, faixa em inglês do álbum de 1973. Para fechar, toca bateria e solta o vozeirão em um improviso groove com o percussionista Pedrinho Batera.
Quase Racional
Em 12 de agosto de 1974, Tim Maia foi um dos convidados para o show de inauguração do Teatro Bandeirantes (SP). Canta sucessos como Réu Confesso, Primavera e Azul da Cor do Mar. Após apresentar sua banda (liderada pelo fera Paulinho Guitarra), recomenda a leitura de um livro que está lendo, Universo em Desencanto, que guiou sua conversão à doutrina Cultura Racional, e apresenta Que Beleza - música nova que seria incluída (como Imunização Racional) no cultuado álbum duplo Tim Mia Racional (1975/1976). Esta fase religiosa levaria Tim a um seu afastamento (momentâneo) das drogas e do álcool.
Além do Racional
Reportagem do Fantástico de 1976 destaca que durou bem pouco a fase de pregação religiosa-musical de Tim Maia (foto). Após romper com a seita Cultura Racional, o cantor ressurge novamente inchado, barbudo e com cabelo black power. Na entrevista, afirma que se considera um "bicão" na MPB, mas se acha um dos melhores dentro da música internacional. A seguir, ele mostra que não exagerava, apresentando a viajandona e engajada Rodésia, do disco que lançava naquele ano.
Velhos camaradas
O paraguaio Juan Senón Rolón ficou famoso no Brasil como Fábio, cantor boa-pinta que despontou nos anos 1960 e se tornou um grande amigo de Tim Maia (na cinebiografia Tim Maia, que segue em cartaz, ele é vivido por Cauã Reymond e aparece como o narrador da história). Em 1979, Fábio gravou um compacto com a faixa Velho Camarada (de Cassiano e Hyldon), com participação de Tim e de Hyldon. Um musical do Fantástico celebrou o encontro dos amigos.
Chama o síndico
Chico & Caetano, programa que a dupla de astros da MPB apresentava na Globo em 1986, teria como atração no dia 15 de agosto Tim Maia. Mas o síndico deu o cano e não apareceu na gravação. Restaram as imagens do ensaio, na véspera, que mostram Tim em seus folclóricos chiliques com os técnicos de som: "Tá todo mundo dormindo, a voz tá fraca, não tem agudo, não tem eco, não tem side, não tem retorno. Joga eco. Não tem eco na casa, não? Vão dizer que estou reclamando pra caramba, mas não é isso".
TIM MAIA.doc
Em 1987, o diretor Flávio R. Tambellini apresentou o documentário em curta-metragem Tim Maia. O cantor vivia uma fase de sucesso com faixas como Do Leme ao Pontal, do disco de 1986, e faz no filme reflexões sobre dinheiro, carreira, amores e vidas em outras dimensões.
Por Toda a Minha a Vida
No YouTube, também está disponível o especial da Globo Por toda a Minha Vida, de 2007, que passa em revista a vida e a obra de Tim. Robson Nunes, que vive o artista quando jovem na cinebiografia em cartaz, interpreta o cantor.
Um funk para Roberto
O filme Tim Maia destaca o hit que Roberto Carlos, então ídolo da Jovem Guarda, encomendou a Tim Maia em 1969, com o objetivo de dar uma repaginada em seu som. A faixa foi Não Vou Ficar, que pode ser vista aqui num videoclipe tirado do longa-metragem Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa (1970), de Roberto Farias, grande sucesso de bilheteria que consagrou o Rei também como astro de cinema.
Não Vou Ficar na versão gravada por Tim Maia em 1971
Entrevista impagável
A citação à musica que colocou na trilha a novela Renascer, Essa Tal Felicidade, indica que essa sensacional entrevista foi realizada em 1993. O repórter da rede paranaense de TV CNT cruzou com um Tim Maia, digamos, animadão, em uma cerimônia de premiação. O parceiro Fábio, referido mais acima, está junto com o cantor. O bate-papo sem noção é impagável, com Tim tirando onda com o ingênuo interlocutor, por exemplo, nas referências que faz ao "amigo THC".
Psicodelia paraguaia
Para quem ficou curioso em conhecer que som fazia o amigo Fábio: Lindo Sonho Delirante (LSD), de 1968.
E aqui o grande hit de Fábio, Stella, de 1969, depois adaptado por ele para criar a famosa vinheta "Rádio Gloooobooo".