Raimundos e ConeCrewDiretoria fazem show duplo no Planeta Atlântida

O que dá juntar o forró-core de uma das bandas mais emblemáticas dos anos 1990 com o rap do mais promissor bonde dos anos 2000? A resposta poderá ser conferida no Planeta Atlântida, quando Raimundos e ConeCrewDiretoria dividirem o Palco Central na Saba, em Atlântida. O festival ocorre nos dias 7 e 8 de fevereiro.

A proposta da inusitada combinação partiu do festival e foi rapidamente encampada pelos grupos. Para os Raimundos, dividir microfones e instrumentos com outros artistas não vai ser uma novidade - em 2012, eles lançaram um CD em parceria com o Ultraje a Rigor e, em 2013, no próprio Planeta Atlântida, racharam sua apresentação com os Detonautas.

- Topamos na hora. Gosto da ConeCrewDiretoria, o Ari (um dos MCs da CCD) é meu bróder e tenho certeza de que o resultado vai ser interessante - afirma Digão, vocalista e guitarrista da banda de Brasília.

O músico adianta pouco sobre como vai ser o show duplo. Diz apenas que cada uma das bandas irá tocar individualmente seus repertórios, e, depois, as duas vão se juntar para uma sequência de versões de clássicos do rock nacional e internacional.

- O set list da apresentação em conjunto é segredo. Da nossa parte, posso dizer que vamos tocar apenas nossas canções mais conhecidas, para todo mundo cantar e pular junto - pontua Digão, citando Eu Quero Ver o Oco e Mulher de Fases.

A ConeCrewDiretoria deverá vir com canções extraídas dos seus dois discos de estúdio, Ataque Lírico (2007) e Com Os Neurônios Evoluindo (2012), além dos singles Pra Minha Mãe e Pronto pra Tomar o Poder, ambos de 2013. É possível que alguma canção do próximo disco do grupo, Bonde da Madrugada (Parte I), também integre o espetáculo dos cariocas.

Os Raimundos também preparam o lançamento de um novo trabalho, Cantigas de Roda, cuja produção foi bancada pelos fãs via crowdfunding. Ainda sem data para chegar às lojas, o trabalho é o primeiro desde Kavookavala (2002) e o primeiro com a nova formação da banda, hoje composta por Digão, Canisso (baixo), Marquim (guitarra) e Caio (bateria).

- O melhor que posso dizer é que o disco é puro Raimundos. Tem muito da pegada do primeiro trabalho (Raimundos, 1994), regravamos até uma música do Zenilton (sanfoneiro pernambucano que colaborou com a banda em seus primeiros anos). As pessoas vão ouvir e ficar de cabelo em pé - garante Digão, que afirma ainda não haver planos para o aniversário de 20 anos do disco de estreia do grupo. - Aquele disco pertence à gravadora, não é nosso e, sinceramente, não temos interesse em nada referente a ele. Nosso foco é hoje.

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