Depois do fenômeno Breaking Bad, que chegou ao fim em 2013 e entrou para a história da teledramaturgia, fica ainda mais difícil a missão de apontar os candidatos a grandes séries de 2014. Mas, seriadomaníacos, há vida na TV após a saga do professor que fabricava metanfetamina. Ou, pelo menos, boas promessas.
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Entre as apostas bacanas que o novo ano reserva, destacam-se os dramas. Nomes conhecidos como Josh Hartnett (Falcão Negro em Perigo) e Sean Bean (Game of Thrones) vão estrelar produções encabeçadas por idealizadores como Guillermo del Toro (O Labirinto do Fauno) e Sam Mendes (Beleza Americana).
Uma dessas produções, True Detective - que também traz dois nomes célebres no cinema - tem estreia simultânea nos Estados Unidos e no Brasil marcada para breve: 12 de janeiro. A trama policial da HBO gira em torno dos investigadores Martin Hart (Woody Harrelson) e "Rust" Cohle (Matthew McConaughey), às voltas com um caso rumoroso. A proposta da série é elucidar o crime ao final do oitavo episódio e, no caso de renovação, utilizar nas próximas temporadas as mesmas fórmula e estrutura narrativa, porém com um novo elenco e uma nova história.
- A presença do experiente Woody Harrelson na primeira temporada e o formato de antologia (cada temporada trazendo diferentes trama e elenco) me leva a crer que esta será uma das boas pedidas do ano - aposta a mestre em Estudos Televisivos e professora de Transmídia da ESPM Sheron Neves.
Nesta primeira leva, True Detective trará à tona um crime antigo. Nos anos 1990, os dois policiais foram parceiros do Departamento de Investigação de Crimes da Louisiana, no sul dos Estados Unidos. Em 2012, por motivos que não são revelados de imediato, a dupla volta a se encontrar, retomando o caso mais famoso em que eles trabalharam: o macabro assassinato de uma prostituta em 1995, supostamente cometido por um assassino em série.
Enquanto a história avança, mostrando a obsessão dos dois em encontrar o matador, o verdadeiro drama se concentra nas personalidades e nos relacionamentos da dupla e também na forma com que eles se influenciam mutuamente, tanto como detetives quanto como amigos. A série tem roteiro de Nic Pizzolatto (de The Killing) e direção de Cary Fukunaga.
Ainda não há muitos detalhes quanto à condução da narrativa, mas o público deve acompanhar o desenrolar dos fatos no tempo presente, ao mesmo tempo em que flashbacks apresentam a investigação realizada pelos dois policiais nos anos 1990.