O auditório Barbosa Lessa, no centro de Porto Alegre, ficou repleto de curiosos e seguidores da sabedoria espiritual que ganhou grande repercussão por atrair a atenção de celebridades tão distintas quanto Madonna e Leonardo Da Vinci. Intitulada Kabbalah - A tecnologia da mente sobre a matéria, a palestra ocorreu na tarde desta terça-feira, dentro da programação da Feira do Livro, e teve lotação esgotada.
Com uma pitada de bom humor, o israelense Daniel Kwintner, professor do Kabbalah Center Brasil, em São Paulo, explicou os fundamentos da filosofia que ensina práticas para evoluir, criar alegria e plenitude.
Diante de um público atento, Kwintner começou a apresentação, destinada a iniciantes, definindo a Kabbalah. Segundo ele, o termo hebraico significa recebimento e indica que as pessoas procurem sua "luz interior" para entrar em harmonia com a vida.
- A essência do ser humano é o desejo de receber - resumiu o palestrante.
Ao perguntar o que as pessoas gostariam de receber ao final do dia, o professor ouviu palavras como "paz", "sossego", "carinho" e "felicidade". A resposta, segundo ele, é a mesma em todo lugar do mundo onde já realizou palestras: todos querem as mesmas coisas e buscam ser felizes.
Em seguida, Kwintner convidou os presentes a questionar a vida, sem se contentar com respostas vagas.
- Deve-se acessar a luz interior de uma forma proativa, e isso é possível sabendo-se onde se quer chegar e pensando antes de realizar julgamentos - destacou.
Carismático, ele brincou com o público citando os nomes de grandes estudiosos que, segundo ele, aderiram à sabedoria da Kabbalah. Entre eles, citou Einstein, Pitágoras, Khalil Gibran e Michelangelo.
A palestra durou aproximadamente uma hora. No encerramento, mesmo sem dar respostas definitivas, o professor foi ovacionado pelo público.
- Muita coisa eu não entendi, tanto que não consegui nem elaborar uma pergunta, mas achei bem interessante. É uma coisa diferente - avaliou a professora Arlete Dellani, 48 anos, instigada pelas palavras que ouviu.
Para quem tem interesse em conhecer mais o assunto, o professor indicou Zohar, o livro principal da Kabbalah, escrito há 2 mil anos, que, de acordo com Kwintner, contém "grandes ensinamentos comprovados pela ciência".