Os escritores Daniel Galera, Paulo Scott e Daniel Pellizzari falaram sobre seus romances escritos para o projeto Amores Expressos: Cordilheira, Ithaca Road e Digam a Satã que o recado foi entendido, respectivamente. A mediação foi de Pedro Gonzaga. Eles contaram sobre suas experiências durante a construção das histórias. Os fãs lotaram a Sala Leste do Santander Cultural na tarde desta quinta-feira para prestigiar a reunião, que aconteceu na programação da Feira do Livro.
Segundo Galera, que foi escrever em Buenos Aires, Argentina, o curador do projeto João Paulo Cuenca foi quem definiu as 17 cidades para os autores que criaram histórias.
- Eu tinha essa história que teria acontecido em São Paulo e que funcionou bem em Buenos Aires. Agora nunca vou saber como ela seria em outro lugar, mas encontrei na cena literária da Argentina espaço para desenhar meus personagens e surgiu muita coisa inesperada, como minha ida a Ushuaia. O fim do livro acabou sendo lá - contou.
Scott escreveu sua trama em Sydney, Austrália. Disse que a fez em formato de novela e que tem como característica colocar peculiaridades locais em suas histórias.
- As pessoas me perguntam o porquê de tantas referências específicas de Sidney, onde acontece a minha história, que só quem mora lá vai entender. É o meu estilo, ninguém deixa de ler um livro porque foi escrito na França ou em Londres, é a mesma coisa.
Para Pellizzari, que buscou inspiração em Dublin, Irlanda, "um livro nasce de inquietações que só um escritor sabe como passar para o papel".
- Meus livros anteriores lidavam muito com o absolutismo. Eu queria escrever um livro realista, queria lidar com personagens em vez de linguagens e ideias. Foi isso que fiz - explica.
O projeto Amores Expressos deve culminar em uma série de filmes.
- Existe a possibilidade de sair o filme ano que vem, no segundo semestre, provavelmente dirigido pela cineasta Carolina Jabor - revela Galera.
Os autores autografaram seus livros nesta quinta-feira, a partir das 20h, na Praça de Autógrafos da Feira do Livro.