Se o gauchismo celebra, a cada setembro, uma espécie de culto de identidade cujo proselitismo radical tem muito de religioso, não é de estranhar que essa celebração se organize em torno de um mito: a Revolução Farroupilha. Mas, como todo mito, sua construção se deu por seleção de alguns aspectos em detrimento de outros. Na crônica hegemônica da revolução, seus heróis são estancieiros brancos, homens, e o triunfo cultural do tradicionalismo apagou com uma narrativa uniforme a resistência que algumas das principais cidades do Estado ofereceram às pretensões farroupilhas.
Revolução Farroupilha
Mês de setembro celebra o mito gaúcho e deixa de lado fatos importantes da história
O triunfo cultural do tradicionalismo apagou com uma narrativa uniforme a resistência que algumas das principais cidades do Estado ofereceram às pretensões farroupilhas